O máximo que elas podem dizer é um não, irônico.

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          Então um curto, porém demorado período se passou entre a festa e o domingo. San agora estava deitado no sofá pensando em tudo que havia acontecido nessas últimas horas, ele finalmente beijou o anjinho que apareceu na sua vida, mas... A reação de Yeosang foi péssima, não foi do jeito que o mais novo estava esperando. " O máximo que elas podem dizer é um não, irônico." San riu da sua desgraça. O gatinho retirou suas orelhinhas brilhantes, analisou elas brevemente e as colocou em cima da mesinha de centro de sua sala, levantou-se rapidamente e começou a desmontar cabisbaixo a sua tão linda fantasia fofa e sexy para conquistar o seu amado. O rapaz seguiu em direção ao banheiro para tentar relaxar com um banho, mas aquela sensação ruim que não sentia a tempos voltou com tudo. Aquele aperto no peito, aquela sensação de sua garganta arranhando, a falta de ar e as lágrimas escorrendo pelo seu rosto sem controle. Ele odiava aquela sensação, odiava muito sentir tudo aquilo "Por que eu tenho que ser tão sensível?", era o que se passava na cabeça do pobre jovem apaixonado enquanto sentia a água escorrer pelo seu corpo.

          Não muito longe dali, estava um Yeosang elétrico e eufórico, pintando com pinceladas violentas mais uma tela. Uma mistura maluca de cores, mas destacando o vermelho e o rosa que por sua vez podem significar raiva, paixão, fúria, ira, desejo, excitação e amor com uma mistura de inocência, romantismo e proteção. Essa tela e essa escolha de cores resumia tudo o que o confuso garoto estava sentindo no momento.

          - Quem ele pensa que é 'pra me beijar daquela forma? - Uma pincelada na tela. - Desde que o conheci ele só traz catástrofes pra minha vida. - Trocava o pincel para fazer outros detalhes. - Com aquele rosto bonito e galanteador, acha que pode sair beijando os outros assim Choi San? - Sombreava e iluminava aquilo que pareciam folhagens, a obra ganhava forma. - Com aqueles músculos... Aquele peitoral... Aquela boca macia... AH! - Yeosang gritou extasiado enquanto continuava depositando pinceladas breves e curtas. - O que está acontecendo comigo, eu não aguento isso... Estou enlouquecendo! Tudo culpa daquele menino... O que... O que eu fiz aqui?

          Kang reparava na sua tela, olhando cuidadosamente cada detalhe. As cores fortes, avermelhadas e rosadas destacavam o formato da árvore, os galhos formavam um lindo coração, com duas pessoas observando o pôr do sol em um dos galhos. Era lindo, magnífico, uma das obras mais belas que aquele garoto havia feito.
        
          - Isso está... Perfeito... - Yeosang  disse olhando para o quadro a sua frente. Assim começou a procurar algo em suas centenas de telas, tintas e pincéis. Estava desesperado, o que será que se passava na mente deste pequeno sonhador? Procurou na estante, na pilha de quadros, na sala, na cozinha, simplesmente por todo o seu apartamento. Colhendo as suas obras, estava tão atordoado em seu ateliê, na pressão de ter que entregar as obras para a sua tão esperada exposição que não percebeu os quadros que havia pintado. Colocou todos eles em cima de sua cama e os observou, passou seus dedos delicadamente sentindo a textura da tela repleta de tinta. Eram 9 quadros muito coloridos, algo que sem dúvidas Yeosang nunca havia feito em toda a sua carreira de pintor.

          - Espera está faltando um... Será se ele ainda está na Universidade? - Disse enquanto colocava as pinturas que estavam em sua cama dentro de sacolas, o que ele pretendia com aquilo? Certamente era algo grande.

           -Puta que pariu, o Wooyoung! - San gritou desesperado após lembrar que o seu cupido existia e que ainda poderia estar na festa, ou sabe lá onde... Era de fato muito preocupante. O Choi vasculhou embaixo dos cobertores até encontrar o seu celular, quase não conseguiu desbloqueá-lo de tanto nervosismo. Digitou rapidamente o número do amigo e ligou, apenas escutando aquele som irritante de tum... tum... tum...
   
          - Alô?
          - Meu deus! Onde você está?
          - O que? An? Eu vim 'pra casa... 'Pra casa do Yeonjun. - Pronunciou lentamente, com uma voz sonolenta.
          - Ah, ainda bem. Por um momento eu... Espera, não é aquele eu ex do Ensino Médio?
          - Detalhes haha. - Wooyoung riu da situação cujo ele mesmo disse que jamais a faria novamente. -  E então? Como foi a noite 'pra você?
          - Eu beijei ele.
          - Porra, caralho, nem fudendo! Eu sou muito foda com meus conselhos. - Rapidamente Wooyoung estava acordado comemorando, até o momento o qual San cortou as asas de seu cupido.
          - Mas ele saiu correndo, disse que somos amigos e que não era para aquilo ter acontecido. - Disse o Choi já sentindo seus olhos arderem de novo.
          - 'Oi? O que? Como que você me solta essa bomba assim por telefone Choi San? Calma que estou indo 'pra aí agora com uma panela de brigadeiro.

          E assim a chamada caiu, já era perto das dezenove horas e San estava deitado no sofá esperando o seu amigo chegar, cujo já havia dito que estava chegando fazia meia-hora, ou mais. Começou a preocupar-se, ele havia se perdido? Onde será que era a casa desse Ex do Wooyoung? Muitos questionamentos passaram-se pela cabeça do jovem, estava perdido em pensamentos até escutar o barulho da campainha ressoar pela sala. Foi até a porta, abrindo-a e observando o amigo, que realmente estava com uma panela de brigadeiro "Onde ele conseguiu isso?", perguntou-se San que deu espaço para Wooyoung adentrar na pequena casa.

           - Venha cá, Sannie. - Wooyoung disse após colocar a panela em cima da mesa e abraçou San forte, o último desabou em lágrimas. Não sabia que um coração partido poderia doer tanto assim, na adolescência costumava ser o famoso "pegador", então nunca sofreu realmente com um coração partido, ou sequer gostou verdadeiramente de alguém assim como estava nutrindo esses sentimentos por Yeosang. A forma como o seu coração se alegrava por ter aquele rapaz por perto, desde o primeiro dia sentiu algo de diferente nele. O jeito quieto e delicado, o rosto angelical, a marca de nascença vermelhinha que sem dúvidas San iria amar beijá-la sempre, Ah... E a forma como ele pintava aquelas telas, se pudesse voltar no tempo nunca teria feito aquela bagunça do dia que se conheceram. Será se assim Yeosang o olharia com outros olhos? Mais que um amigo? Céus a mente desse garoto estava uma confusão mas Wooyoung estava ali para lhe confortar e ajudar a arrumar essa grande bagunça na cabecinha de seu amigo.

Continua...

Olá meus queridos leitores, olha quem sumiu por quase 1 ano e voltou com capítulo novo pra vocês! Eu mesma, estou com os finalmentes dessa linda obra que eu amo tanto e tenho um carinho muito grande. Estamos na reta final dessa belezinha e garanto que vai ser incrível, o capítulo de hoje foi mais triste mas garanto que coisas boas estão por vi amores! Houveram mais palavrões que o normal, estarei evitando de colocá-los nos capítulos caso não se sintam confortáveis lendo. Bom é isso, vou tentar não sumir mais entre um capítulo e outro!! Até a próxima queridos leitores.

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⏰ Última atualização: Jul 13 ⏰

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Perfeitamente Imperfeitos (Sansang)Onde histórias criam vida. Descubra agora