Alwyn Aveyard tinha muitos
nomes: mestiça, maldição de
Asgaya, ladra, farça, mentirosa,
Órfã. Seu título de Assassina
de Prythian era o mais formidável.
A fêmea foi mandada para
um mundo desconhecido
mais vezes do que sabia,
e morreu mais vezes...
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❝ a verdade é a coisa mais perigosa do mundo. ❞ ─ merle dixon
JULGA-SE QUE MORRER PELA VERDADE É PRESSUPOSTO COMO ATO DE CORAGEM E HONRA, mas quem diz morrer pela veracidade está apenas acomodado em seu próprio túmulo.
Era especialmente difícil aceitar a vegetação daquele lugar. Foram apenas árvores, pinheiros e carvalhos, flores e lagos, por um bom tempo de caminhada.
O sol estava se pondo, chegando ao seu último resquício de luz, e eu ainda não sabia se estava perto ou não. Se as folhas ainda fossem alaranjadas eu diria que neste momento ainda andava pelas terras da Outonal, mas não haviam muitas árvores de tais característica.
O carvalho estalava sob meus pés uma vez ou outra, as botas marrons estavam sujas de lama.
O dossel da vegetação fazia sombras em meu rosto como garras acariciando minha pele.
O chiado de um riacho próximo me chamou atenção. Tudo que eu precisava era de descanso para tentar mais uma vez subornar minha magia para conseguir atravessar para um lugar menos... florido.
Quando avistei o lago pude dizer que um peso caiu de meus ombros. Era tão limpa a água que debati se apenas beberia dela.
A passos largos e quase desesperados, segui para a margem do riacho fundo.
— Não beba, vai acabar morrendo — a voz grave soou de trás mim no momento em que o cantil que carregava estava quase em meus lábios.
— Quem está ai?
— Abaixe este cantil, abaixe a porcaria do cantil e faça silêncio a menos que queira morrer. Faça o que fizer feche os olhos e não se mexa — a voz sussurrou uma última vez.
Os pelos em meus braços se arrepiaram quando algo farfalhou na vegetação, o sol sumindo aos poucos.
— Não importa o que sinta ou veja, não reaja. Não olhe. Apenas feche os olhos.
