Alwyn Aveyard tinha muitos
nomes: mestiça, maldição de
Asgaya, ladra, farça, mentirosa,
Órfã. Seu título de Assassina
de Prythian era o mais formidável.
A fêmea foi mandada para
um mundo desconhecido
mais vezes do que sabia,
e morreu mais vezes...
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❝ quem lança a semente à terra estéril, ou dá conselhos a um morto, ou fala em voz baixa a um surdo. ❞ ─ Al-Mukafa
É MUITO MAIS DIFÍCIL MATAR UM FANTASMA DO QUE MATAR UMA REALIDADE, dito isso Hybern é o maior fantasma de Prythian, um tão traiçoeiro que não importa o quanto tente esquecer ou o quanto tente se afastar, ele sempre te puxa para te afogar uma vez mais.
- Dormiu bem, carniceira? - Tamlin apareceu assim que o sol nasceu, na porta da biblioteca.
Ele parecia um pouco melhor hoje, fez a barba e cortou o cabelo, parecia um pouco mais mortal, um pouco mais humano.
- É claro - respondi ao fechar o livro que passei a noite lendo e o segui pelos corredores da Grã-casa Primaveril até os estábulos.
- Você pode escolher o cavalo que quiser, traga o espelho pra mim - ele havia aceitado o acordo - Terá seu exército quando eu tiver minha Corte.
- Acha que posso chegar até o espelho montando um cavalo? Preciso atravessar, e para isso, preciso do seu sangue.
- Quer que eu lhe dê meu sangue? - Tamlin arqueou as sobrancelhas.
- Quero vê-lo sangrar e depois engarrafar, senhor - sorri vendo ele voltar para a Grã-casa.
No entanto, a sensação de estar sendo observada me atingiu como um soco no estômago.
Olhei para meus pés ao sentir algo enroscando em meu tornozelo, mas não havia nada lá além da minha própria sombra.
Tamlin me estendeu um frasco em formato de rosa e mostrou uma de suas garras quando voltou, afastando aquela sensação.
- Agora me dê sua mão - pediu.
Ri e estendi a adaga que roubei na taverna.
Sinto algo apertando meu tornozelo, mas novamente não há nada, só minha própria sombra.
