Alwyn Aveyard tinha muitos
nomes: mestiça, maldição de
Asgaya, ladra, farça, mentirosa,
Órfã. Seu título de Assassina
de Prythian era o mais formidável.
A fêmea foi mandada para
um mundo desconhecido
mais vezes do que sabia,
e morreu mais vezes...
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❝o início é a promessa do fim.❞ ─ emily dickinson
VIVER É TÃO ESPANTOSO QUE SOBRA POUCO TEMPO PARA QUALQUER OUTRA COISA. No início dos tempos, quando reinavam as trevas, só havia silêncio e incerteza. Mas mesmo na sombra mais profunda, uma centelha de vida esperava para ser acesa, trazendo esperança de um novo começo.
À medida que a dor aumentava, Cortia gritava mais alto, o som que quebrou o mundo em mil pedaços.
— Seja forte, Yeda — sua comandante, sua parceira estava sofrendo, e Jake não poderia estar mais assustado.
Não era costume ver Costia gritar de dor, e agora, vê-la ali, estendida na cama, o sangue manchando os lençóis brancos de um vermelho carmesim e gritos que faziam qualquer um - que chegasse perto o suficiente para ouvir - estremecer. Não parecia uma lembrança real, aquela mulher que sempre teve fogo nos olhos agora era tão... vulnerável, tão mortal.
Dar à luz uma criança deveria ser uma bênção, mas como eles deveriam ver uma mulher que deu à luz uma criança amaldiçoada?
As portas se abriram e Helion entrou.
— Quão doloroso é? — ele sorriu estupidamente, tão nervoso que nem parecia um Grão-Senhor.
— Doloroso pra caramba — Costia rosnou baixinho antes de gritar.
A parte fácil havia passado, logo o bebê chegaria, e então viria a parte difícil.
Costia deu à luz uma criança meio humana, meio fada, fruto do amor entre uma mulher que foi jogada no caldeirão e um homem que morreu pela espada no mesmo dia em que sua filha nasceu.
Alwyn Aveyard foi condenada à morte desde o momento em que veio ao mundo, trazendo a escuridão para Pryhtian e depois para o mundo mortal em que se pode viver.
Costia foi cruelmente morta, estripada antes que pudesse cruzar com sua filha para um novo mundo, ela era invejada por seu poder e por sua criança amaldiçoada.
A filha acordou no sangue dos pais, em um mundo novo, embora qualquer mundo fosse novo para um recém-nascido.
Ela era órfã, era uma maldição, era uma prece, um assobio, um destino, uma escuridão. Era de outro mundo.
Alwyn Aveyard não era mais problema de Prythian, agora era problema do Inferno.
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