Família

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Ao despertar com os raios de sol em seu rosto, Adora esfregou os olhos e se deparou com a gata dorminhoca ao seu lado. Um sorriso brotou em seus lábios enquanto acariciava carinhosamente a bochecha da gata. Catra franziu o cenho, formando um bico, arrancando risadas suaves da loira.

— Bom dia... — murmurou Adora com voz sonolenta, mas foi interrompida por Catra que colocou rapidamente o dedo nos lábios dela. Adora arqueou a sobrancelha com uma expressão confusa antes de ser surpreendida pelo som de passos apressados vindo do andar de cima.

— MÃE! — Catra riu, tirando o dedo dos lábios da loira.

— Agora sim. Bom dia! — disse Catra, esticando-se e sorrindo largamente para Adora. A porta se abriu e Mila surgia correndo de Finn, segurando algo em suas mãos.

— Mãe! Ela sujou meu brinquedo! — exclamou Finn, pulando na cama para alcançar a irmã.

— Eu não! — respondeu Mila, tentando se esconder debaixo da cama, mas Finn agarrou seu pé e tentou puxá-la. Mila segurou-se firmemente na quina da cama, resistindo aos esforços de Finn, e continuou a puxar o pé até conseguir se libertar. Arrastou-se para o lado oposto e saltou de volta na cama, logo sendo capturada por Adora.

— Ei! Já chega... — disse, enquanto Finn subia na cama para pegar o brinquedo, mas Catra foi mais ágil, agarrou-o e se levantou.

— Nunca vou entender como conseguem ter tanta energia de manhã cedo... — comentou. Deixaram o quarto depois da higiene matinal, dirigiram-se à cozinha para preparar o café enquanto as crianças brincavam no sofá com Melog.

Mila e Finn, gêmeos idênticos com personalidades totalmente distintas. Mila, intrépida e destemida, não hesitava em agir, mesmo diante do perigo. Finn, tranquilo e avesso a encrencas, preferia aventurar-se com os tios e aprender fatos sobre os primeiros.

No entanto, quando se tratava de jogos, Mila e Finn formavam a dupla imbatível, valendo-se da telepatia entre gêmeos para vencer as mães e, de quebra, pregar peças na loira. Catra se divertia com as traquinagens, enquanto Adora afirmava que isso veio dela. Quando alguém bateu à porta, Adora foi atender.

— Ventania? — exclamou surpresa ao vê-lo. Recebeu o visitante com um abraço caloroso e o convidou a entrar. A casa era grande o bastante para um cavalo magico com asas.

— Ventania! — Finn exclamou animado.

— É o cavalo boco! — brincou Mila, arrancando risadas de Catra. Ventania, por sua vez, apenas fez um bico.

— Não sou o 'cavalo boco'! Sou o Ventania! — disse ele, com um grande sorriso, seus olhos cintilando enquanto uma brisa agitava sua crina. Adora se aproximou de Catra, que a cutucou.

— Como ele faz esse negócio com o vento? — perguntou em voz baixa, observando as crianças montando nele.

— Eu nunca vou saber. — respondeu Adora com um sorriso, dando um beijo em sua bochecha. Catra franziu o cenho, lembrando-se da primeira vez que vira Adora se transformar. Soltou uma risadinha e serviu o café da manhã para todos. — O que veio fazer aqui? — Adora perguntou após minutos de bate-papo.

— Serena nos convidou para uma festa na praia! — respondeu entusiasmado, e as crianças imediatamente pediram permissão às mães para ir. Mila subiu em cima da cabeça da loira e Catra a pegou, colocando-a sentada na cadeira. Olhou para Adora que apenas deu de ombros.

Warriors - catradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora