( 2 ) Por fora uma beleza, por dentro uma praga

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capítulo dois 
Eros





 As nuvens franqueadas cobriam o céu noturno de Hogwarts como um manto profano. Eros se sentou em frente ao lago negro, observando a imensidão da noite como uma velha amiga. Era estranho, para dizer o mínimo, o quanto Hogwarts era distante de sua realidade. 

 Fazia semanas que começará seus estudos na nova escola e a odiava com fervor. Hogwarts era escura, fria e sem vida. Não havia personalidade, não havia destreza ou se quer companheirismo. Eros descobriu rapidamente que existia uma forte rivalidade entre as casas e achou ridículo como nenhum dos professores tentava impedir aquilo. 

 Eros sentia falta da Grécia. Da vida, dos seus lugares favoritos, e principalmente da arte. A Agápi era uma fervorosa artista e amante da mais bela forma de expressão conhecida. Sentia-se uma deslocada na Inglaterra.

 Cassandra havia lhe avisado, de jeito cruel e sem tato, mas havia lhe avisado que a Inglaterra era uma péssima escolha, mas Eros não escutou, algo em seu âmago a puxou para ali e era teimosa o suficiente para seguir seus instintos. 

— Alunos não podem estar fora de seus dormitórios a esse horário.

 Eros sorriu encantadoramente, pois Severus Snape era um garoto rígido e mal humorado, a lembrava vagamente dos retratos de Hades, onde o mesmo sempre parecia sério e sem emoções aparentes. Eros havia odiado a escola, mas achou interessante alguns alunos, principalmente seus colegas de classe. 

 Ela era uma sangue puro, assim como seu irmão e sua família e por isso foi bem recebida pela Sonserina, sem contar que era famosa e rica, mas não era isso que a havia agradado nos Sonserinos. Depois que você passa por essa camada criada por eles, você nota que os Sonserinos são muito mais do que aparentam. E Eros entendia muito de se esconder para os outros. 

— Acho que não mencionaram isso para mim, senhor Snape — Eros respondeu cordialmente esticando seus braços para trás e permitindo que o vento gelado batesse em seu rosto como um lembrete sutil de onde estava. 

 Severus ergueu uma sobrancelha, mas permaneceu no lugar. Sentiu sua boca secar, provavelmente pelo cansaço, ou talvez fosse o sono, o jovem monitor não deu nenhum indício de que tiraria pontos de Eros por sua infração nas regras. 

— Você sempre anda tão sério, senhor Snape? — Eros sorriu com malícia ao pronunciar seu sobrenome, como se fosse uma piada entre eles. 

 Severus tossiu desajeitado e agindo contra seus instintos, se sentou ao lado de Eros, que permaneceu neutra, não se aproximando e nem se afastando. Ambos estavam perto para conseguirem sentir o calor que emanava de seus corpos, mas longe o suficiente para não se tocarem. 

— Ando sério, senhorita Agápi, porque o mundo costuma destruir garotos gentis — Severus revelou baixo, em um segredo profundo e cruel que guardava em seu coração.  

A MALDIÇÃO DO AMOR; s. snape Onde histórias criam vida. Descubra agora