02. Luzes coloridas, a maldita porta emperrada e debates com o cretino.

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Rival Adversário; quem está numa competição com outra pessoa, buscando a mesma coisa

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Rival
 Adversário; quem está numa competição com outra pessoa, buscando a mesma coisa.

***

— Para de chutar a porta, já tem dez minutos que você tá aí e ela nem se moveu. — Jimin reclamou, sua voz soando quase entediada. Mabel parou seus movimentos, olhando para o loiro e encontrando-o com os braços cruzados enquanto seu corpo estava apoiado na parede. Jimin tinha toda aquela áurea descontraída, quase sossegada, como se estivesse calmo ou tranquilo o tempo todo.

Era irritante.

— Eu não posso mais ficar nenhum minuto presa com você.

Jimin estalou a língua no céu da boca, o barulho ecoando pelo pequeno espaço do banheiro.

Mabel o olhou de soslaio depois de voltar a tentar abrir a porta novamente, se perguntando há quanto tempo estavam presos dentro daquele lugar. Não tinha se passado mais de vinte minutos, ela sabia, mas ainda era perturbador estar ali. Mabel deu um último chute, se afastando da porta. Seu corpo cansado com o esforço que ela fez nos últimos minutos.

Mabel soltou um suspiro baixo, evitando um praguejar alto.

Ela mirou seus olhos ferozes em Jimin quando escutou uma risada baixa. O loiro a olhava com sinais claros de diversão em seu rosto, enquanto tinha um meio sorriso pendurado no canto dos lábios.

— Isso é tudo culpa sua — ela acusou, enquanto puxava os cachos do seu cabelo para trás e os prendia de forma desajeitada, seus pés caminhando até a mochila que ele havia trago para o banheiro.

— Minha culpa? Foi você que esbarrou em mim — ele retrucou. Sua voz soava séria, mas o pequeno sorriso ainda pendia no canto dos lábios.

— Eu não esbarrei em você, foi você que não olhou pra onde estava indo.

Jimin não retrucou, apenas a encarou com seus olhos de ébano. Fazia muito isso, como um hábito que adquiriu desde que se conheceram. Mas Mabel se sentia incomodada, porque nunca sabia o que ele estava pensando.

Mas ela ficou feliz por não ter que ouvir a voz patética dele enquanto abria o zíper da mochila sem saber se realmente podia. A primeira coisa que os olhos de Mabel capturaram foi a garrafa de água vazia, depois, um caderno de tamanho mediano e capa vermelha. Ela encontrou duas camisetas lá dentro; uma cinza e branca. De brinde, havia também uma jaqueta de couro preta e uma câmera digital também escura.

Jimin cursava fotografia.

Talvez estudasse mais alguma coisa, mas Mabel nunca se importou em procurar. Ela já havia o visto com a câmera entre os dedos ou suspensa pelo pescoço. Na maior parte do dia, não importava o lugar, Jimin sempre estava com sua câmera.

— São suas? — ela perguntou, se referindo às camisetas.

— Sim — respondeu, monossilábico, enquanto ainda a observava.

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