06. Boa sorte, loira

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Eu não quero falar sobre quem fez isso primeiro As it was; Harry Styles

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Eu não quero falar sobre quem fez isso primeiro
As it was; Harry Styles

***

— Estamos esperando alguém?

A voz de Mabel soou pela sala silenciosa. Ela entrelaçou os dedos no colo, inclinando levemente o corpo para frente para enxergar melhor o supervisor. Kim Namjoon, o qual ela conhecia há quase dois anos, estava mirando o relógio no pulso e tinha o corpo apoiado na mesa de madeira.

Ele continha um olhar impaciente no rosto, sobrancelhas levemente franzidas. Namjoon murmurou em acordo, erguendo a cabeça até ela.

— Quem? — perguntou Mabel, alguns segundos antes que o sutil som de duas batidas na porta chegassem aos seus ouvidos.

Namjoon olhou para o relógio uma última vez, desencostando-se na mesa.

— Entra.

A porta produziu um ruído baixo quando foi aberta devagar, as dobradiças enferrujadas e gastas. E, se Mabel soubesse de antemão o que estava por vir, talvez tivesse enrolado na cama e se atrasado propositalmente.

Mas isso não se parecia em nada com ela, porque depois da noite conturbada, Mabel acordou às sete com o despertador.

Seus olhos estavam pesados. E as engrenagens do corpo estavam doloridas e enferrujadas enquanto ela caminhava com os pés descalços em direção ao banheiro.

Mabel passou por Samantha, que dormia com os fios de cabelo espalhados pelo travesseiro e que provavelmente só acordaria às onze.

Suas meias impediam que as solas do seu pé entrassem em contato com o chão frio, e ela se olhou no espelho, encarando seu reflexo. Os cachos estavam bagunçados, cheio de fios pro alto e suas bochechas estavam inchadas. Ela mirou seu reflexo por um tempo maior do que o necessário, antes de começar a escovar os dentes.

A lembrança se esgueirou sobre os seus braços nus, criando forma e potência, fazendo com que ela quase pudesse sentir que havia retornado para a noite passada. Porque, enquanto seus pés ainda estavam firmes no chão e Mabel se viu sozinha dentro daquele lugar que não lhe pertencia, seu estômago se revirou e ela se perguntou o que diabos tinha na cabeça. Questionava o que Jimin tinha para conseguir lhe tirar do controle tão rápido, fazendo-lhe perder o controle das ações e agir daquela forma imprudente.

Mabel encarou seus olhos castanhos, enquanto a escova deslizava pelos dentes e sua boca enchia de espuma.

Maldito Park Jimin e sua guitarra estúpida.

Às oito e dez, saiu do dormitório com a camiseta uniforme da ONG e com uma jardineira jeans. No final do corredor do dormitório, dentro do elevador, encontrou duas garotas com sacolas de roupas sujas. O que era comum de se encontrar quando a palavra ''sábado'' estava circulada por canetinha vermelha no calendário e era dia de lavanderia.

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