Cap. 16

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Estava sentada no banco ao lado do Leviatã, quando vejo Castiel se aproximar. Parece confuso ou até mesmo preocupado.

Castiel— Mabel, você viu a Melissa?

— Ham... não, a última vez que vi ela foi no escritório, depois ela saiu irritada e não a vi mais! —ele anda de um lado para o outro, parece pensativo— Algum problema??

Castiel— Estava procurando por ela, mas não encontro ela em lugar nenhum!

Leviatã— Talvez ela esteja aos arredores tentando pensar direito ou sei lá...

— Castiel, a minha irmã está abalada e com certeza deve estar por aí querendo ficar sozinha... por favor deixe ela. —ele respira fundo e sai, voltando para o castelo— O meu medo é a Melissa realmente ter ido a taberna de novo ou sei lá... sabe como ela tem um temperamento forte.

Leviatã— Melissa deve estar aos beijos por aí, ou deve estar tentando pensar então não fique preocupada... ok abelhinha?

Afirmo e sinto ele acariar meus cabelos, agora que eu sei que ele é o meu destinado tudo ficou estranho, tenho que me acostumar com essa ideia.

(...)

Entro no castelo e vejo os convidados dançando e bebendo muito, impressionante que é a nossa festa de aniversário e eu não me sinto bem com isso.

Helena— Mabel, cadê a Melissa?? —vejo minha mãe aparecer, ela mais que ninguém deveria deixar a minha irmã pensar em paz.

— Mamãe, eu não vi a Melissa, e por favor... ela está magoada, deixe a minha irmã em paz um pouco!

Castiel— Ela não está em lugar nenhum!! —vejo o mesmo dizer ao descer as escadas.

Hyrus— Com certeza ela deve ter ido pra taberna ou qualquer outro lugar que tenha homens e cachaça!

— Deixem a Melissa em paz um pouco, não acham que o fato de terem mentido para ela não foi o suficiente para deixar ela em paz por pelo menos UMA NOITE?? —falo irritada, eles me olham incrédulos.

Hyrus— Mabel, não comece você também!

— Eu não estou começando nada, só estou dizendo que a minha irmã tem o direito de ficar sozinha e pensar. Vocês mentiram pra ela, imaginem como ela deve estar? papai não gostaria que alguém escondesse algo dele ou mentissem, não é mesmo??

Leviatã— Mabel...

Hyrus— Aliás Leviatã... a gente vai ter uma conversa MUUUITO séria já já!! —o grandalhão engole em seco e afirma, tio Arael não falou nada até agora, ele está sério e pelo visto acho que é pelo Castiel.

— Chega, não quero mais saber de nada por hoje... é tudo tão confuso e tão estressante, aiiish!

Saio da sala e caminho até as escadas, Leviatã apenas fica lá parado como se estivesse pedindo para que eu o chamasse também.

— Você vem Leviatã? —ele afirma e vem rapidamente, isso é medo de ficar com o meu pai lá embaixo? provavelmente sim.

O mesmo segura a minha mão e vamos em direção ao quarto, é estranho... porém lá embaixo tá fazendo muito barulho.
Entro no quarto e vejo o mesmo deitar na cama da minha irmã, apenas me sento ao seu lado.

— Acha que a minha irmã realmente deve estar por aí pensando? a barreira em volta do castelo já se desfez e ela pode ter saído.

Leviatã— Abelhinha, sua irmã já está bem grandinha... não fique se preocupando ok? já já ela está de volta! —o mesmo levanta se sentando ao meu lado e acaricia meus cabelos.

— Mas não tem como não se preocupar com ela, eu conheço a Mel e ela é um tanto que irresponsável às vezes.

Leviatã— Na verdade é quase sempre, mas ok.

— Eu sinto muito pela minha irmã, você acredita que os meus pais mentiram pra ela? na verdade a mamãe, ela disse que hoje iria revelar quem era o destinado dela e no final só disse que não sabia...

Leviatã— Ou eles só não querem falar mesmo, sendo a Melissa eu sei que o destinado dela deve ser no mesmo nível de temperamento que ela.

— Fico pensando em como o Castiel vai ficar nessa história, Melissa tende a brincar com os sentimentos dele e isso não me agrada...

Leviatã— Castiel pode ter caído nos encantos da Melissa, mas eu o conheço e ele não vai se deixar levar por causa disso.

Apenas respiro fundo e sinto o mesmo acariciar minha bochecha, um beijo é dado no lugar que logo vai descendo até o meu pescoço.

— A destinação de mestre e servo, é amorosa? ou tipo... você só basicamente me obedece? —ele arquea uma sobrancelha e fica a pensar.

Leviatã— Pra falar a verdade eu nem sei, creio eu que a destinação de mestre e servo seja uma das raras onde não se tem laços amorosos... a não ser que esse laço seja criado com o tempo.

Então a minha alma estar ligada com a dele não significa que é obrigatório nascermos com um laço amoroso?

— E você...... esquece, deixa pra lá! —me lavanto indo até o espelho e pegando uma escova de cabelo, onde começo a pentear meus cabelos brancos.

Através do reflexo vejo o mesmo levantar da cama e vir em minha direção, onde envolve seus braços em minha cintura. Eu me sinto uma formiguinha ao lado dele, ele é simplesmente bem mais grande que eu.

Leviatã— Mas porque perguntou aquilo? seu interesse em nossa destinação é apenas me ter como o seu servo?? —nego rapidamente e ele rir, parecia estar brincando— Abelhinha, olha pra mim...

Me viro pro mesmo que põe uma mecha dos meus cabelos atrás da orelha e acaricia minha bochecha, logo selando nossos lábios.

Leviatã— Minha alma pertence a você...

Minha Querida GanânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora