A comida sussurra promessas,
Sussurra consolo,
Mas cada mordida é uma faca,
Cortando minha alma aos pedaços.O estômago é um abismo,
Sempre vazio, sempre cheio,
A culpa me envolve,
Um manto que não consigo tirar.As noites são longas,
O sono, um visitante raro,
E o peso dos dias,
Uma carga que não consigo soltar.O espelho mente,
Reflete um monstro que não sou,
A balança é a verdade cruel,
Um número que dita meu valor.Cada refeição é um campo minado,
Cada escolha, uma guerra,
E eu, um soldado exausto,
Sem forças para lutar.O mundo é um lugar estranho,
Onde a comida é inimiga e amiga,
E eu, perdida entre o desejo e a dor,
Procurando um alívio que nunca vem.