O bolo estava lá, intacto,
Um símbolo de celebração,
Mas a noite trouxe fraqueza,
E o choro silencioso.A pressão é insuportável,
Uma mão invisível que me empurra,
Para dentro do abismo doce,
Onde o açúcar é consolo e prisão.As lágrimas caem pesadas,
Misturando-se ao glacê,
Cada mordida é amarga,
Um lembrete da minha fraqueza.Era para ser um dia de alegria,
Uma comemoração do que sou,
Mas a madrugada trouxe solidão,
E a comida, um falso alívio.O bolo, uma tentação proibida,
E eu, sem forças para resistir,
A culpa é um véu sufocante,
Que não consigo remover.A cada pedaço, mais dor,
A cada lágrima, mais vergonha,
E no escuro, sou só eu,
Perdida, sem controle, sem saída.A balança não perdoa,
O espelho não mente,
E o amanhã é só mais um dia,
De batalha contra mim mesma.Queria poder dizer não,
Ser forte, ser firme,
Mas nesta noite, sucumbi,
Ao doce veneno do meu desespero.