𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑: 𝐍𝐨𝐚𝐡

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O seguinte capítulo, será narrado na visão de Noah,decorrente dos fatos do capítulo 1.
(Recomendado leitura do capítulo 1)

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Sério, quem me deu a ideia ridícula de abrir uma empresa deveria ser torturado.
Desde que fundei minha empresa do zero, nunca mais tive a oportunidade de descansar durante o fim de semana, como uma pessoa normal. Mas devo admitir que talvez isso aconteça mais por preferência minha na maioria das vezes.
Sair de casa para ver pessoas? E pior, pessoas desagradáveis?
É, ficar em casa não é tão ruim.

Estou finalmente terminando a programação do meu mais recente projeto.
O jogo recém-lançado que tomou todas as plataformas e a atenção dos jovens atuais foi desenvolvido pela minha empresa e produzido pessoalmente por mim.
Não era um projeto grande, até atingir números gigantescos de downloads em menos de cinco horas após o lançamento. Desde então, tenho trabalhado como um condenado para desenvolver novas atualizações.

Assim que desligo a tela do meu computador, meu celular toca, impedindo qualquer sinal de descanso que eu esperava ter.
E não era ninguém menos que a única pessoa com audácia suficiente para me atormentar às duas e meia da madrugada.

Amanda, minha queridamente odiada, irmã mais nova.

- Espero que seja realmente urgente ou vou finalmente usar as ofensas novas sobre você ser a pessoa mais desocupada que conheço - atendo o telefone com a hostilidade normal entre nós, e recebo uns murmúrios de alguém do outro lado da linha, até ela finalmente me responder.

- Tá, tá, tá, mal amado, pode só me ouvir e parar de atormentar? - Ela fala e escuto o remexer dos copos do outro lado da linha.

- Só fala logo antes que eu desligue na sua cara - digo, me ajeitando na cadeira e definitivamente encerrando minhas atividades do dia. Ela fica em silêncio por um tempo e então fala.

- Noah, irmão querido! - A mudança de tom é nítida, falando com um tom meloso que faz meu estômago embrulhar.

- Desligando - meu polegar vai em direção ao botão de desligar a chamada no mesmo momento.

-EU TÔ COM A JULIE!- Ela grita, e eu sinto um estalo na minha mente.

Julie.
A melhor amiga da minha irmã.
E talvez a minha leve "curiosidade".

Ela e Julie são melhores amigas desde a época da faculdade e simplesmente não se desgrudavam mais.
Ainda morava em Seul quando elas se conheceram, então não sabia nada sobre ela, além do que minha irmã falava.

Ao longo dos anos, Amanda não parava de falar dela em todas as ocasiões que conversávamos.
Falava sobre como Julie não gostava de aparecer, como ela era gentil, suas façanhas profissionais e pessoais, e aos poucos, sem ao menos conhecê-la visualmente, eu acompanhava a vida dela.

Sem perceber, ouvir coisas sobre ela tornou-se comum para mim e às vezes necessário.
Com o tempo, eu perguntava dela quando Amanda não falava sobre, odiava saber que ela tinha chorado por algum motivo, aconselhava através de Amanda, que sempre me pedia ajuda.
E também ficava feliz pelas conquistas, como o primeiro casamento que ela organizou e que foi o marco de sua carreira.

Ela era uma mulher que eu admirava à distância, uma pessoa que me interessava, isso, sem ao menos saber sua aparência.
Já que ela odiava redes sociais e era inimiga de fotografias, eu nunca tinha a visto.
Eu pensei ser só isso.
Até seu aniversário de 21 anos, quando finalmente eu vi seu rosto.

𝐎𝐫𝐠𝐚𝐧𝐢𝐳𝐢𝐧𝐠 𝐦𝐲 𝐟𝐚𝐤𝐞 𝐥𝐨𝐯𝐞💍Onde histórias criam vida. Descubra agora