Silêncio Gélido - Sadie Elizabeth Sink (PAUSADA)

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Sadie Sink POV
05:39 AM.

Havíamos nos desviado de todo aquele assunto pesado e que deixava o ambiente sufocante. S/n sorria intensamente. Seus olhos brilhavam como uma clareira.

Pela primeira vez, eu observei ela por completo.

-- Não é possível que você fez isso! -- Ela diz entre risos que se transformaram em gargalhadas que ecoavam a casa. Seu sorriso era contagiante, fazendo que os meus lábios se curvassem.

-- Para de rir! Eu tinha apenas 6 anos e não tinha senso de cozinha.

-- Eu imagino o gosto daquela comida. Cereais, chocolate, fruta e arroz. - S/n limpa as lágrimas que estavam em seus olhos, a coloração do seu rosto voltando ao normal. -- Bem que você parecia ser bem sapeca quando era pequena. Expressiva demais.

Minhas sobrancelhas estavam levantadas, minha expressão confusa enquanto um sorriso de canto se estampava em meu rosto.

-- Na realidade, até agora você é expressiva. -- Solta uma risada. Eu reviro meus olhos sorrindo e dou um gole no gin, enquanto relaxo meu corpo.

S/n foi se recompondo, até que tudo ficasse em silêncio novamente.

-- Bem... não me disse o que fez com Mattheo... -- Eu olhava para ela, esperando alguma resposta dos seus lábios.

-- O de sempre. Matei... -- Seus olhos encontram os meus. Aqueles que sempre me olhavam de forma opaca estava incrivelmente brilhando.

-- Só isso?

Ela sorriu. Dessa vez de forma fria, como se aquilo fosse capaz de transmitir sua felicidade pela vingança. Sinto um arrepio percorrer em minha espinha.

-- Pode ter certeza que não. -- Diz a mais velha apontando para as gotas de sangue em sua camiseta antes de levar sua mão até seu bolso. Eu sorrio com sua resposta, mordendo meu lábio inferior.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, escutando apenas as solas dos sapatos de S/n colidindo ao chão. Minha mente vagava e se perguntava em que ponto cheguei para estar conversando com uma mulher que tentou me matar, me sequestrou e me manteve em um quarto sem ventilação e com um cadáver. Dou um sorriso negando e olho para o meu copo, mexendo o líquido levemente.

-- Eu processei Mattheo. -- Eu sinto seu olhar em mim, queimando minha pele e sentindo meu coração acelerar de uma maneira estranha.

-- Você o que?

-- Eu abri uma ocorrência contra Mattheo quando fui processar você. -- Dessa vez, digo olhando-a. Eu podia ver um sorriso de canto em seus lábios, mesmo que eles estivessem normais.

-- Entendi...

-- Estão procurando por ele. Disseram que como o processo que fiz contra você, é meio que "irrelevante" diante dos crimes que fiz contra ele. -- Ela sorri, friamente novamente.

-- Ótimo.

-- Mas isso não diz nada que não vão ir atrás de você.

-- Eu sei disso.

-- Você tem que tomar cuidado para ir atrás dos meus pais.

-- Eu vou.

-- Eles vão estar atentos a qualquer movimento que seja seu.

-- Esta preocupada, Sink? -- Seus olhos penetravam minha alma, sentindo que minhas bochechas queimavam intensamente.

-- E-eu? Não! -- me xingo internamente por gaguejar. Eu estava claramente preocupada.