Olhos Amaldiçoados | NARUTO X JUJUTSU KAISEN |

Capítulo 15

Um pico agudo de energia amaldiçoada seguiu as palavras, enquanto Jiki sentia a energia amaldiçoada se manifestar e se espalhar acima deles.

A velha Kugisake rapidamente tropeçou em seus pés, apoiando-se na bengala antes de sair correndo pela porta da frente às pressas.

Em um borrão de movimento, Jiki estava no telhado do prédio, observando o miasma da técnica de maldição negra se espalhar logo acima deles, até as bordas de sua visão prodigiosa.

'Toda a cidade, então.' ponderou ele.

"O que foi isso?" perguntou, enquanto a mulher mais velha finalmente saía para assistir ao processo final da ativação da técnica.

"Um véu. Um bem formado também. Kimiko deve estar com pressa. Eu tenho que interromper a loucura dela antes que ela acabe com todos nós."

Com um aceno de cabeça em concordância, ele olhou para a porta assim que Aiko saiu apressadamente.

"Sem serviço!" gritou, acenando com o telefone para ele. Seus olhos captaram a imagem de uma barra vermelha.

"É um véu especializado, então!" exclamou a idosa, observando a conclusão da técnica. "A questão é: por que ela se incomodaria com um?"

"Véu especializado?" perguntou casualmente, enquanto tentava captar a energia amaldiçoada da velha Kimiko. Desde a liberação do véu, ele estava detectando várias assinaturas de energia amaldiçoada se movendo em direção a eles. "Pessoas ou espíritos amaldiçoados?"

'Assaltantes?'

Ele desviou sua atenção das pessoas que chegavam, voltando-se para a vovó Kugisake enquanto ela respondia.

"Um tipo de barreira especializada. Sua ativação sacrifica a flexibilidade em troca de mais restrições."

Ele tinha uma ideia de quem a barreira estaria restringindo depois de ouvir isso, mas não era do feitio dele agir apenas com base em suposições. 

"Observe, Aiko!" ele gritou, virando-se para o longo caminho que haviam percorrido até a pequena aldeia.

Com uma flexão de sua energia amaldiçoada, ele partiu em direção à fronteira entre o véu e o mundo exterior. Correu em linha reta, ignorando os obstáculos em seu caminho. Saltou sobre casas, telhados desmoronando e, finalmente, disparou pelo longo trecho da passarela que levava ao ponto de ônibus que eles haviam derrubado.

Finalmente, ele parou em frente ao véu, deslizando pelo chão e diminuindo seu impulso intenso. No momento em que suas mãos tocaram a barreira...

Ele foi repelido, forçado a dar alguns passos para trás. Confirmado. A barreira era especializada contra ele. A questão era: por quê?

Com um único passo para trás, ele ergueu o punho, pronto para aplicar força real.

Um ruído de passos atrás dele o fez se virar casualmente. Um homem mais velho, talvez com cinquenta anos, cabelos e olhos castanhos. Sua pele bronzeada indicava trabalho pesado em uma fazenda. Vestia roupas simples de dormir, com olhos vazios lutando para acompanhar seus movimentos.

Logo atrás do homem, uma mulher com cabelos castanhos mais escuros também vestida com roupas de dormir.

'Um casal?'

Eles se aproximaram lentamente a princípio, mas então a corrida deles ganhou velocidade, movimentos sincronizados e frenéticos. Jiki examinou-os mais profundamente.

A familiar substância pegajosa, semelhante a fios, envolvia e emaranhava suas essências. A maldição de grau especial estava de alguma forma manipulando suas figuras, mesmo por trás de seu selo.