CAPÍTULO 2

103 11 7
                                    

MAIS ALGUNS ANOS DEPOIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MAIS ALGUNS ANOS DEPOIS...

- Angel, fica calma! Já vou levar sua comida, meu amor! - Digo a minha menina autoritária, cujo gênio não dá para negar que é tal qual o meu.

- Papai, minha barriga não para de roncar.

- Eu sei, meu amor! Mas sabe como seu pai é ruim na cozinha. Que seu tio Félix não ouça isso! - Declaro e ela sorri.

Há alguns anos, depois de muito resistir, aceitei o pedido de casamento de Rachel. Uma situação bastante inusitada e fora do comum, já que esse é o papel do homem. Porém, como tudo nos dias de hoje está diferente, aconteceu. E meu casamento com ela é muito bom.

Logo que começamos a namorar, ela deixou de ser minha terapeuta, tornando-se minha noiva e em seguida esposa. Acabei saindo do meu apartamento e nos mudamos para um apartamento no centro de Washington, onde passamos a viver juntos. Adaptar-me a uma nova vida não foi muito fácil, já que estava bastante acostumado a viver só. Contudo, o tempo foi tratando de organizar tudo.

Dois anos depois, descobrimos que ela estava esperando nosso primeiro bebê, vindo a nascer minha pequena Angel. Foi como se um mundo novo se abrisse para mim. Quando peguei meu pequeno anjo no colo pela primeira vez, senti que nada mais fazia sentido e que agora, verdadeiramente, eu estaria vivendo de fato.

Muitas coisas na minha vida mudaram depois do nascimento de Angel. Uma delas foi o fato de ter dado um tempo nas investigações que incansavelmente eu fazia. Na verdade, tem anos que não voltei para meu escritório, em minha antiga casa, a fim de fazer qualquer pesquisa. Infelizmente, hoje parece um pouco sem sentido.

Na verdade, quando peguei minha pequena Angel no colo, a felicidade me tomou na mesma proporção do medo. Lembrei das muitas meninas e meninos que vi sendo violadas e mortas, por filhos da puta que sequer tiveram empatia por cada pedido de socorro e lágrimas que vertiam de seus olhos, enquanto choravam de dor e medo.

Imaginei minha pequena menina passando por isso e me apavorei. Decidi dedicar minha vida a ela. Protegê-la de todos os males possíveis. Por essa razão, aceitei a promoção que por anos me foi ofertada. Hoje sou diretor-chefe de investigação. Tenho horário para entrar e para sair do escritório. Não preciso passar madrugada nas ruas, menos ainda arriscar a minha vida em situações de extremo perigo como já fiquei inúmeras vezes. Hoje vivo para fazer a minha filha feliz.

- Eu gosto da sua comida, papai. Mas a mamãe não gosta, pois diz que não é saudável.

- Sua mãe diz isso porque está sempre fazendo dietas. Daí ela não gosta dos nossos hambúrgueres, pizzas e macarrões. - Falo, enquanto ponho o prato da minha menina sobre a mesa.

- Por acaso, ouvi meu nome? - Rachel pergunta ao entrar na sala de jantar. - Amor, está dando batata-frita pra essa mocinha outra vez? - Minha menina me encara cúmplice.

- Ela está faminta, amor. - Aproximei-me de Rachel e beijei sua bochecha.

- Deixei uma saladinha pronta na geladeira. Poderia ter dado a ela. - Seguiu até nossa menina e a beijou.

TRAFICADAS Onde histórias criam vida. Descubra agora