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Novembro de 2019

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Novembro de 2019

Sinal tocou, dando o aviso que era a última aula do dia. Porém, felizmente nosso professor de Filosofia faltou, e então a diretora deixou que ficássemos no refeitório esperando, até dar o horário de ir para casa. A Natália ainda estava em aula.

– Carol, eu preciso te contar uma coisa! – Jade, minha colega de classe, chega de forma ofegante, ela chegou até a mim correndo.—Na verdade, te mostrar!

– Calma Jade, respira! – Falo tentando a acalmar a mesma.

– Eu só preciso que você me siga! – Ela pega meu braço, me puxando pelos corredores da escola.

– Jade o que aconteceu? – Falo ainda atordoada.

– Você vai ver! – Ela estava me levando até a quadra.

Quando chegamos, avisto rapidamente o João. Ele não estava sozinho... Ele estava com a Olívia. O pior disso tudo foi que eles estavam se beijando.

Eu fiquei parada alguns minutos, apenas observando aquela cena. Eles continuam a fazer o que faziam e não perceberam minha presença.

Todos da escola sabiam que eu e o João tínhamos algo. Ele fez questão de contar para todos seus amigos, e agora está beijando outra.

Eu confiei no João, eu passei a confiar nele de olhos fechados, porém... Quando eu dou as costas para o mesmo, ele faz isso. Me trai.

Descobrir sobre a traição, sente-me como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. É uma mistura de dor, raiva e confusão, como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado à força. As memórias que antes me aqueciam agora são punhais, lembrando-me de que tudo o que acreditava era uma mentira.

Sinto-me traída de uma forma profunda, não apenas por ele, mas por mim mesma por ter confiado, por ter acreditado nas promessas e nos gestos que agora parecem vazios.

Cada palavra dita, cada momento compartilhado, tudo parece desmoronar, perdendo o valor e o significado que antes tinham. Sinto-me sozinh no meio de uma tempestade de sentimentos, lutando para entender como alguém que deveria me amar pode me ferir tão profundamente.

A dor da traição não é só pelo ato em si, mas pela quebra da confiança, pela desilusão, pelo medo de nunca mais conseguir acreditar em alguém. É como se uma parte de mim estivesse em cacos, e juntar esses pedaços parece uma tarefa impossível.

O pior de tudo isso, foi que meus amigos me avisam. O Gavira, o Fer e Nati. Todos eles me avisaram, mas eu estava perdida demais no encanto do João. Eu sabia que uma hora nosso lance chegaria ao fim, mas não pensaria que chegaria ao fim assim.

Destino | Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora