União

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Semanas se passaram e ambos já estavam acostumados a viverem juntos. O cheiro do café da manhã que Wade preparava se tornara um aroma confortante em meio às tensas madrugadas de Peter. Mas nessa manhã, o cheiro era acompanhado por um som estranho. Eles se vestiram rapidamente e se apressaram em descobrir a fonte do ruído.

Wade, com a espada em mãos, e Peter, com a tela pronta, se envolveram no caos da rua. Uma figura escura e ameaçadora se erguia em meio a um bando de bandidos. Era um vilão novo, vestido com uma capa e armado com garras afiadas. Peter reconheceu o potencial daquele inimigo.

"Wade, ele se chama Dark Void. Nunca vi nada parecido," alertou Peter, com a voz aguda. Wade, com um olhar desafiador, respondeu: "Bem, Spidey, vamos dar as boas-vindas a esse cara da maneira que sabemos."

Dark Void, com os olhos brilhando em um tom preto profundo, avançou em direção a eles. Suas garras relampejaram com a luz da manhã, prontas a arrancar a pele dos heróis. Wade saltou em ação, espada em mãos, com Peter atirando teias em todos os lados, tentando prender os bandidos que corriam em desespero.

A luta era intensa, com Dark Void mostrando força e agilidade incomuns. Peter, agora acostumado a lutar com Wade, percebeu que o novo vilão era um desafio. Em meio à confusão, Wade e Peter se olhavam, sinalizando com os olhos. Eles haviam se tornado um time efetivo, cada um compensando as fraquezas do outro.

Mas Dark Void era astuto. Com um gesto súbito, ele desferiu um golpe que nenhum deles viu vindo. A garra de adamantium atingiu Peter no peito, perfurando a tela com facilidade. Peter caiu, inconsciente, no chão molhado. Wade, com os olhos em fogo, gritou e correu em direção a ele, mas outro golpe o atingiu, arrancando a pele da face.

Wade, com a mão a escoar sangue, sentiu a dor se dissipar rapidamente. Sua capacidade de regeneração, um dado de nascença, o salvou daquela luta. Deitado no chão, Peter, porém, não era tão afortunado. Dark Void, com um riso sombrio, levantou a garra em direção a Peter. "Eu tenho interesse nele, Deadpool. Nada de interferir."

Mas Wade, com raiva nos olhos, levantou a espada e pulou em direção a Dark Void. "Você tocou no meu amado, cara," bramou, com a vontade de proteger Peter a tudo custo. A luta se intensificou, com Wade usando de tudo que sabia para combater o novo inimigo. As gargalhadas de Deadpool ecoaram nas ruas molhadas da manhã, mas havia um tom sério por trás delas.

Dark Void, porém, era implacável. Suas garras cortavam o ar com a facilidade de um gato brincando com um rato, mas Wade era um oponente à altura. Com reflexos aguçados, Wade desviou-se dos ataques, cercando o vilão com teias e lhe dando tacadas certeiras com a espada. Peter, que agonizava no chão, tentava se levantar, mas as forças o traíam.

O rosto de Wade era determinado, as cicatrizes se moviam com cada expressão. "Você errou, Dark Void. Você errou ao me tocar," murmurou ele, com um brilho perigoso em seus olhos. Com um salto prodigioso, Wade pegou a espada com as duas mãos e desferiu um golpe certeiro na mão do vilão, cortando a garra de adamantium com um som metálico agudo.

Dark Void gritou de dor, mas Wade não parou. Com a espada agora a brilhar com a luz do dia, ele avançou, cada movimentos calculado e mortal. Derrotando finalmente o oponente.

Peter, com o peito encharcado em sangue, sentia a vida lhe escapando. "Wade, me leve... para o hospital," murmurou, com os olhos meio abertos.

Wade, com a fúria no rosto, olhou para o amigo ferido com preocupação. "Vamos, Spidey," disse, pegando Peter com cuidado. "Vou cuidar de você."

Eles correram pelas ruas, com Peter agarrado a Wade, que esquivava-se com facilidade de todos os obstáculos. A chuva parara, mas as ruas estavam molhadas e perigosas. Wade sentia o coração de Peter bater fraco em seu peito, e sabia que eles não tinham tempo a perder.

Chegando ao hospital, Wade abriu a porta com força, carregando Peter. A equipe de emergência reagiu rapidamente, com olhares preocupados. "Ele é o Homem-Aranha, ele foi acidentado!" gritou Wade. Os profissionais de saúde cercaram Peter, empurrando Wade para longe.

Wade, com o coração pesado, assistia de fora da sala de emergência. Sua roupa de Deadpool, que costumava ser sinônimo de aventura e diversão, agora estava manchada de sangue e preocupação. Ele se sentou num banco da sala de espera, observando as paredes brancas, as luzes fluorescentes piscando acima dele.

As horas passaram lentas, com o tique-taque do relógio parecendo acompanhar o ritmo da vida de Peter. Wade, acostumado a agir e reagir rapidamente, sentia-se inútil e impotente. Sua mente voltava constantemente para a luta, para o gesto descuidado que permitira que Dark Void atingisse Peter.

Wade se levantou, incomodado, e andou de um lado para outro no corredor do hospital. Os pacientes e visitantes o olhavam com curiosidade, mas nenhum reconhecia o herói mascarado. Finalmente, a porta da sala de emergência se abriu, e um médico saiu. "O Homem-Aranha está fora de perigo," disse ele, "mas vai precisar de repouso."

Wade soltou o ar com alívio. "Posso vê-lo?" perguntou ansiosamente. O médico olhou para o relógio. "A visita será permitida. Mas siga as regras: roupa limpa, mãos higienizadas e, por favor, tente manter a calma. Está consciente, mas é necessário evitar agitações."

Wade se afastou da sala de emergência, procurando por algum sinal de Peter. Encontrou o quarto no terceiro andar, com a porta entreaberta. A entrada era suave, e ele pôs os pés fora daquele local impersonal que se tornara um refúgio para Peter. A roupa do Homem-Aranha, agora macia e desgastada, pendurada em um cabide em cima da cama.

"Wade?" Peter murmurou, com os olhos meio abertos. Sua pele pálida contrastava com a almofada branca. Ambos ficam felizes e aliviados, conversando por horas.

Spideypool: Atração MagnéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora