Capítulo 03

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Eu era um bastardo obsessivo por natureza, com uma mente programada para pegar o que quero a todo custo – e excessivamente – ela não era diferente

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Eu era um bastardo obsessivo por natureza, com uma mente programada para pegar o que quero a todo custo – e excessivamente – ela não era diferente.

No começo tudo foi mais por curiosidade. Depois do seu aniversário, eu voltei ao meu juízo normal e prometi que iria esquecer aquela maldita noite.

Mas não consegui. 

Aqueles olhos, aquela voz, tudo sempre voltava como uma droga quando deitava minha cabeça no travesseiro e tentei – pra caralho – manter minha mente o mais longe dela. Até a vê-la comer sozinha uma semana depois do seu aniversário, ela estava sentada na mesma mesa onde subiu e falou todos os podres do seu antigo chefe. 

Seus movimentos eram os mais normais possíveis que em qualquer outra pessoa seria irritante, mas para mim tudo que ela fazia era como um feitiço que me mantinha preso nela. Como ela sentava debaixo de uma árvore e lia algum livro no seu tempo de descanso, como ria e fazia caretas. Era tudo encantado. 

Porra, ela é uma maldita sereia. 

No dia em que vi, aquele bastado ousa trocá-la, algo em mim se transformou. Eu queria matar ele ali mesmo, mas fui paciente. Esperei o momento certo para que ele entendesse que ninguém toca no que é meu. Ela ainda não era minha, mas seria. Só dei um recadinho para que ele entendesse e se arrependesse por todas as vezes que ele olhou da forma errada para ela.  

Em prevê. 

Porém estou aqui, olhando a pequena figura sorrindo enquanto me olha com aqueles olhos azuis-celeste. Seu vestido branco se moldado perfeitamente ao seu corpo pequeno e o jeito que seu cabelo fica adorável e combina com margaridas é muito irritante. 

Pude ter uma visão perfeita do decote nas suas costas e posso dizer que aprovo pra caralho esse tipo de roupa no seu corpo. 

 — Você é tipo um antissocial? Prefere ficar no escuro sozinho ao invés da multidão? – Sua cabeça se inclina para o lado estudando meu rosto com os olhos. 

  — Não, eu não sou. Mas me misturar com eles também não é uma opção. 

  — Eles quem? Pogues? – Seu tom é amargo – Claro, o grande Rafe Cameron não se mistura com pessoas abaixo da sua classe. 

Coloco minhas mãos nos meus bolsos e respiro fundo, esse seu jeito agressivo-passivo é realmente um péssimo hábito. Observei que ela sempre fica assim quando sua classe social ou seu círculo de amigos é citado. 

  — Estou falando de pessoas, pessoas em geral. – Me atrevo a me aproximar um pouco mais e seu corpo fica tenso. – Mas os Pogues também não me agradam muito. 

 𝗬𝗢𝗨 𝗕𝗘𝗟𝗢𝗡𝗚 𝗧𝗢 𝗠𝗘 , Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora