Episódio 05

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A mão de JJ segurava a minha com firmeza enquanto me guiava pelo mar de pessoas

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A mão de JJ segurava a minha com firmeza enquanto me guiava pelo mar de pessoas. Mesmo sendo gêmeos, ele estava mais alto esse verão – O que era muito irritante. Ele sempre tira proveito disso para me provocar.  Odeio esses gênesis masculinos que me fazem perder para meu irmão, só temos 10 anos e mesmo assim ele parece tão mais velho que eu. Não gosto de perder, mesmo que seja para JJ

Ele parar e olhar os arredores, se abaixar em minha frente e falar apenas para que eu o ouça.

  — Eu não vou demorar, ok? tentarei ser rápido e assim podemos ver as suas lanternas.

  — São estrelas. – murmuro fingindo uma falsa raiva o que faz ele rir e bagunçar meus cabelos.

  — Estrelas, certo. – Ele se levanta e me dá uma última olhada. – Não saia daqui, entendeu?

Balanço a cabeça e assim JJ se vai, se perdendo na multidão. Eu odiava o papai. Ele sempre fazia meu irmão fazer coisas erradas, como roubar cerveja ou cigarro para ele. Rouba era errado certo? Mas nosso pai sempre o forçava a isso e quando ele negava, era machucado.

Me machucava.

Outer Banks estava lotada como era de se esperar no verão, mas hoje é um dia especial. Todos estavam aqui para ver as lanternas flutuantes, elas eram soltas todos  os anos no mesmo dia, não sei ao certo porque são soltas, mas eu as amo. Gosto de imaginar que são estrelas mágicas em que todos os anos posso fazer um perdido.

"Por favor, der um lar seguro para mim e meu irmão. Por favor. Por favor."

Era uma noite mágica para mim, e a brisa suave balançava meu cabelo enquanto eu caminhava empolgada em direção à ponte. —  Eu sei que JJ falou para que eu não saísse de lá, mas daqui ainda posso ver ele chegar e não tenho risco de ser esmagada pelos adultos. As lanternas flutuantes estavam prestes a ser soltas, e eu mal podia esperar para ver todas aquelas luzes dançando sobre a água.

O céu estava escuro, e a expectativa fazia meu coração bater rápido. Quando cheguei à ponte, vi que já havia algumas pessoas se reunindo. Mas, no canto, havia um garotinho sentado no chão perto da borda da ponte, com as mãos no rosto. Ele parecia estar triste, talvez tenha se perdido dos seus pais? Com um pouco de receio vou até ele. Me abaixo em sua frente.

  — Oi – eu disse, tentando sorrir. – Por que você está chorando? Está perdido ?

Ele levantou a cabeça lentamente, e eu quase me arrepiei com o olhar que ele me deu. Era como se ele estivesse guardando toda a tristeza do mundo dentro de si.

 𝗬𝗢𝗨 𝗕𝗘𝗟𝗢𝗡𝗚 𝗧𝗢 𝗠𝗘 , Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora