Cecília Maybank, uma garota que só queria viver sem despertar a atenção mas despertou a atenção de um monstro. Ela não pediu isso. Porém, no momento em que fez, era tarde demais.
Rafe Cameron é um predador em charme sofisticado e beleza sombria, el...
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Certa vez escrevi em meu diário que quando eu tivesse pouco tempo de vida faria todas as loucuras possíveis em menos de uma semana e eu consegui bater esse recorde em menos de dois dias. Tipo, está dentro do carro do Rafe – satanás – Cameron.
Mas eu tenho uma explicação plausível para como acabei aqui. Não ia aceitar – não mesmo – mas estava atrasada depois de ter ajudado a sua irmã, Sarah Cameron. Que inclusive era tão diferente do irmão que chegava a dúvida se eram irmãos mesmo ou não houver um equívoco na hora de apresentar os bebês. Ela era gentil, divertida, meio louquinha e tão contagiante que quase não resisti em não ajudá-la com as tartarugas.
E Rafe consegue ser tão irritantemente insistente que sua ameaça com certeza não seria somente palavras vazias, e tudo que eu não preciso hoje é de mais problemas. Agora estou aqui com ele… sozinhos.
Tento não mexer no banco e controlar minha respiração para que não fique alta o suficiente. Talvez se não lembrá-lo que estou aqui, posso fingir que nunca entrei nesse carro.
— Você não está respirando, minha presença te deixa sem ar? – Sua voz me faz acordar e olhá-lo.
Cristo, deveria ser um crime como um homem pode ser tão bonito fazendo coisas básicas como dirigir. Até essa maldita blusa polo faz com que sua aparência pareça atraente.
Estava usando uma blusa preta bem passada que não tinha uma linha fora do lugar, shorts branco e um boné virando para trás que combinava com sua blusa. Sua coluna ereta enquanto manuseava o volante com apenas uma mão, cada movimento do seu braço, uma veia aparecia me tirando totalmente o foco. No dedo mindinho esquerdo tinha um anel de ouro com uma pedra verde.
Não gosto de como seu rosto é tão simétrico e isso é um pouco raro já que todos temos algo maior ou menor. Meu irmão tem o olho esquerdo menor que o direito, Pope tem uma mão maior que a outra. Mas não consigo encontrar nada em rafe. Sua mandíbula bem marcada e as maçãs do seu rosto salientes. Seus olhos eram de um azul tão cheio de caos e confusão que não conseguia encontrar um tom de azul para nomeá-lo.
Engulo em seco me forçando a parar de ter esses tipos de pensamento. Céus, era o Rafe Cameron. Viro o rosto para a janela tentando achar outro foco que não seja esses braços enormes. As imagens borradas das pessoas me distraindo um pouco.
— Só se for por causa desse perfume fedorento.
— Você pareceu gostar na noite do seu aniversário – rafe diz com aquele tom presunçoso e provocante que irritaria até um padre, nem preciso olhá-lo para saber que tinha um sorriso irritante nos lábios, mas assim que viro só comprovei minha teoria.
— Do que está falando? – Franzo as sobrancelhas sem entender o que ele quer dizer.
— Não se lembra? Está realmente me magoando agora, amor.
