A sorte nunca esteve ao meu lado e isso é um fato. Mas quais são as chances de se encontrar com Rafe na casa de um traficante? Pelo que parece 99%, porque os outros 1% eu ainda tenho esperança de encontrar um príncipe encantado.
— Seu passatempo é me fazer repetir a mesma coisa duas vezes? – Sua voz profunda me tira do meu transe me trazendo de volta para a situação em que me encontrava. – Perguntei o que está fazendo aqui.
— Por que? Não lembro de ser dar conta.
— Porque quero que seja da minha conta. – Ele responde simples. – Pensei que era diferente do seu gêmeo idiota.
Franzo a testa com a menção do meu irmão. Qual é o problema desse garoto? Primeiro ficar exigindo coisas como se eu fosse algo...algo que pertencesse a ele, agora está querendo dita com o que me pareço? Ugh.
— Escuta aqui, eu não te conheço e não me importo com que você acha ou deixe de achar sobre mim, mas não insulte meu irmão quando você nem ao menos o conhece. – Digo brava, me afasto com alguns passos para trás. – E vejo que você não é muito diferente dele, já que está aqui com o mesmo propósito.
Um sorrisinho cresce nos meus lábios quando vejo seu rosto inteiro se franziu em irritação, mas logo se desmancha quando ele trava o maxilar. Seus olhos azuis me diziam que falei algo ruim. Rafe não espera um segundo a mais para se aproximar de mim e pega meu braço para trazer para mais perto.
— Eu não sou drogado. – Seu hálito bate em minha bochecha e sinto um cheiro de hortelã e maconha.
— Eu não disse que era – Estico a cabeça para cima e mantenho meu olhar preso no seu. – Mas se a carapuça serviu.
— Não me provoque, Cecília. – Sua voz está mais irritada que antes, mais rude e ridiculamente mais sedutora. – Você não quer me ver bravo.
— E se eu quiser? – Levanto o queixo em desafio. – Vai fazer o quê, uh?
Sinto que toda minha coragem foi sugada de mim quando ele aperta minhas bochechas trazendo para mais perto do seu rosto, seus olhos me examinando como se quisesse gravar cada pedacinho dele, cada defeito, cada qualidade, cada canto.
— Me solta.
— Para onde foi sua coragem, hein? – Rafe pergunta em tom sarcástico. – Pensei que estava me desafiando.
— Ei, country club, vocês querem que eu saia ou vão para algum motel? – Barry fala.
O Barry estava aqui vendo tudo e entendo tudo errado. Quero morrer. Agora vou ser julgada por um traficante.
Ótimo.
Empurro Rafe para longe, sentindo meu rosto inteiro queimando como brasa. Aqueles mesmos sintomas que precedem uma crise asmática começam a aparecer no pior momento. Primeiro, meu peito dói como se alguém tivesse pisado nele; depois, minha garganta se fecha, impedindo que minha respiração flua corretamente. Meu corpo reage da pior forma possível.
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𝗬𝗢𝗨 𝗕𝗘𝗟𝗢𝗡𝗚 𝗧𝗢 𝗠𝗘 , Rafe Cameron
RomanceCecília Maybank, uma garota que só queria viver sem despertar a atenção mas despertou a atenção de um monstro. Ela não pediu isso. Porém, no momento em que fez, era tarde demais. Rafe Cameron é um predador em charme sofisticado e beleza sombria, el...