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Acordei com a cara amassada e um baita sono, mas eu tenho um compromisso hoje – bom dia – sair do encontrando a Malu tomando café no sofá admirando a gata tomando sol
- bom dia Pepeu – falou abrindo os braços e eu me aconcheguei nós seus braços –...

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Acordei com a cara amassada e um baita sono, mas eu tenho um compromisso hoje – bom dia – sair do encontrando a Malu tomando café no sofá admirando a gata tomando sol

- bom dia Pepeu – falou abrindo os braços e eu me aconcheguei nós seus braços – como você tá?

- eu... – eu simplesmente travei – tô indo. Eu acho

- não posso dizer que vai ficar tudo bem, mas você vai superar

- eu preciso superar isso – me soltei dos seus braços e fui pra cozinha

- tem vitamina de morango pra você na geladeira

- brigadinho maluzinha – falei bebendo um copão de vitamina – Malu – ela me encarou – o que a gente leva quando vai visitar um orfanato?

- por que a pergunta?

- fiquei interessado

- assim, do nada?– dei de ombros – acho que as pessoas levam doações

- tá – falei indo pro quarto – tem roupa minha aqui?

- tem sim. Tá no armário

Peguei a roupa e fui até o banheiro tomar banho. Enquanto eu me arrumava escutava a voz da Malu falando com alguém – ele foi com quem então? – perguntou meia bolada – puta que pariu, ele não cansa de fazer merda não

Sai do banho já pronto pra sair – vai pra casa?

- agora não. Tenho que ir

- Pedro o Renan pediu pra avisar que ele achou um escritório bom, só falta você ver

- tá bom, beijos Maria

Sai da sua casa e fui até o carro. Eu não sei se quero o Corsa, ele me lembra o João, os meus anéis me lembra ele, tudo me lembra ele. Dirigi até a praça, passando em uma loja de doces, pegando uma torta e um bolo

- boa tarde! – o porteiro do orfanato me cumprimentou – o senhor veio alguém específico?

- sim. Sabe me dizer se a Luz está por aqui?

- ela está nos fundos, junto das outras crianças

- obrigada

- quer deixar isso aqui? - ele falou apontando pra mesa

- quero sim. Obrigado – deixei os doces na mesa e fui até os fundos, encontrando a Luz brincando com uma criança que deve ter no máximo 3 anos – oii

- oii. Você veio mesmo – falou dando um leve sorriso

- eu falei que vinha

- já conheceu aqui?

- ainda não

- então vem – saímos dali entrando pela porta que tem na lateral da casa – essa é a sala – é tudo bem simples mais bem cuidado – naquele corredor fica o  banheiro de visita, o escritório da diretora. Virando a direita do corredor tem a cozinha que é areia proibida pra gente e na esquerda tem refeitório – fomos andando pelo corredor até chegar no refeitório – lá fora tem o parquinho e no segundo andar ficar os quartos e os banheiros, zona proibida pra visitas. – passamos pelo refeitório e fomos até o jardim, onde tem uns brinquedos de madeira e muito brinquedos espalhados pela grama

Passei a tarde aqui e foi muito legal – tenho que ir – já está anoitecendo

- te acompanho até o carro – fomos em silêncio resolveu as coisas com o seu namorado

- não, mas vou tentar resolver hoje

- boa sorte!

- obrigada – chegamos no carro e eu peguei a chave

- obrigada por vir – fui surpreendido por um abraço

- obrigado você Luz – retribuir o abraço

- tchau Pedro

- tchau Luz

- tchau tio Pedro – um garotinho chamado Ricardo gritou pra mim

- tchau – acenei pra ele entrando no carro. – te vejo no próximo encontro – liguei o carro e fui embora


Parei no sinal e vi que o Renan estava me ligando

-fala – coloquei o telefone no viva-voz

- vai pra casa. Precisamos terminar logo o álbum

- o João está em casa?

- eu acho que sim. Ele não está atendendo as nossas ligações

- já saiu de casa?

- já mas vou passar na casa do Caio e na da camy ainda

- beleza

-tchau

- tchau – ele desligou e eu cheguei na rua de casa. Observando o apartamento todo fechado e escuro

Liguei pro proprietário do meu antigo apartamento

- Pedro, boa noite!

- boa noite seu Frank! Eu gostaria de saber se o senhor já alugou o apartamento?

- ainda não

- será que ainda dá tempo de eu renovar o contrato?

- claro que sim

- tá do jeito que você deixou. Eu estou viajando com a linda e ainda não fui aí. Então a chave tá na portaria, vou pedir para liberarem você

- obrigada

- que isso menino. Boa noite Pedro

- boa noite seu Frank – desliguei a chamada

Entrei no apê do Jão e acendi as luzes
-apaga isso – escutei a voz dele arrastada – porra

- foi mal – pedi mais não desliguei, fui até a janela abrindo elas pra ventilador e tirar esse cheiro de álcool

- peu – falou levantando um pouco grogue. Notei várias cartelas de remédio em cima da mesinha de centro – vamos conversar – tentou andar mas quase caiu. Nem dei atenção só segui pro quarto – Pedro – separo as minhas roupas que estão no seu armário colocando de volta pra mala – vai aonde?

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