Acordo com o sol batendo em meu rosto, olho para o lado e vejo minha irmã ainda dormindo. Decido acorda-la.
– Ei dorminhoca, vamos acordar – falo enquanto mexo ela – Bora mocinha temos que arrumar essa confusão.
Faço cócegas nela e ela se mexe indicando que está a acordar. Ela olha para mim feio e mostra o dedo do meio.
– Desculpa mas temos que arrumar isso – falo apontando para bagunça que fizemos no meu quarto e ela abana a cabeça concordando.
– Vou ao banheiro – digo e ela murmura um okay reunindo forças para levantar.
No banheiro faço minha higiene bocal, olho meu reflexo no espelho e sinto um aperto no peito mas decido ignorar.
– Não deve ser nada demais – repito para mim mesma.
– Está falando com quem? – Olho para minha irmã confusa – Ouvi você falando alguma coisa, achei que estivesses falando ao telefone – Ela explica.
– Ahm! Não estava falando com ninguém. Falando em celular tenho que carregar o meu – pego meu carregador e conecto com o celular.
– Agora vamos arrumar isso – digo e começamos a arrumar.
Arrumamos em silêncio, aproveitando a companhia uma da outra. Terminamos e fomos comer, minha irmã fez o pequeno almoço e comemos enquanto jogavamos conversa fora.
Termino e subo para o meu quarto, tomo um banho frio, aquela sensação de aperto no peito ainda está aqui, volto a ignorar e vou vestir, tiro a primeira roupa que vejo. Um short preto e uma camisola branca, visto e desço meio aérea.
Meus pais estão bem longe daqui felizmente, em uma viagem de trabalho.
– Que droga – falo alto.
– O que foi? – minha irmã pergunta meio preocupada – Pareces incomoda com algo.
– Estou com um mal pressentimento, sei lá, uma sensação de que tem algo de errado com os meus amigos – confesso.
– Por que não ligas para um deles? – diz sugestiva.
– Claro, farei isso – subo as escadas e pego meu celular.
Primeiro tento ligar para Niamh mas ela não atende, tentei ligar para Júpiter mas ela também não atendia. Suspirei antes de ligar para Joonho.
– Por favor atende – supliquei.
– Alô
– Finalmente alguém atendeu. Liguei para as meninas e ninguém atendeu, fiquei preocupada.
– Você ainda não sabe?
– Saber o quê? O que aconteceu?
– Niamh foi espancada – Fico em choque – Quem foi o responsável? Onde ela tá?
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The sweet taste of tears
Ficção AdolescenteQuatro garotas que estavam a beira do suicídio, na ponte Mapo, em Seul, na Coreia do sul, em uma madrugada de terça-feira. Mesmo querendo morrer, elas tentam ajudar umas as outras tornando-se amigas inseparáveis... A procura de um fim, encontraram u...