Dr. Love! | 4. Os 4 Ps da sedução - Parte 1

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Pergunta: "Dr. Love, me ajuda!

Já tenho 43 anos e ainda sou solteiro. Na verdade, não dá nem para usar o termo solteiro, pois dá a entender que tenho opção. O termo mais apropriado é encalhado.

Trabalho com investimento e marketing. Sou bem-sucedido na minha carreira, mas tenho uma grande dificuldade: sou péssimo para manter conversa. Não sei se é o papo ou o hálito que são ruins. E para piorar, sou franzino de aparência mediana e tímido, o que não ajuda muito nas interações.

Quando tento planejar um encontro com mulheres, fico nervoso e acabo ferrando com tudo. Parece que tudo é feito para dar errado para mim. Isso me afasta das pessoas e me deixa cada vez mais frustrado. No trabalho, consigo me comunicar bem e ser persuasivo, mas na vida pessoal, sou um fracasso.

Gostaria de alguns conselhos sobre como melhorar minhas habilidades de comunicação e me tornar mais atraente e confiante nas interações. Estou disposto a tentar qualquer coisa para mudar essa situação.

Atenciosamente, um empreendedor encalhado.

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Já passou tempo desde o Dia dos Namorados, mas hoje voltaremos para o Roses Are Rosie.

Uma decisão de carreira equivocada custou toda a reputação de uma das maiores estrelas que o k-pop já viu brilhar. Rosé, que antes arrebentava nos palcos de todo o mundo, isolava-se no escritório dos fundos do restaurante, presa em planilhas do Excel e notas fiscais. Após mais um dia como todos os outros, percebeu que já se passava da meia-noite, mas o serviço continuava no salão. Ela franziu a testa, levantando-se rapidamente para caminhar em direção ao salão principal. O som dos altos ecoando no piso de madeira polida despertava seus funcionários.

— Já deu a hora há uma hora. Por que ainda não fechamos? — perguntou, um pouco irritada, para Danielle, a jovem-aprendiz que cuidava da recepção.

A garota adolescente engoliu a vontade de bocejar. Forçou-se a arregalar os olhos e respondeu com uma voz baixa:

— Ainda temos um cliente no salão. Não podemos fechar até ela sair.

Rosé suspirou, ajeitando os cabelos eternamente loiros com um gesto impaciente.

— E quem é o viado que nos mantém abertos até meia-noite de uma quarta?

Danielle indicou com a cabeça a figura solitária no canto do restaurante, soltando o bocejo que tentou segurar. Rosé estreitou os olhos, reconhecendo o rosto da morena problemática que causou uma cena tempos atrás. Curiosa e um pouco preocupada, Rosé cruzou seus braços e se aproximou da mesa onde Chaewon estava afundada em seus próprios pensamentos, mexendo distraidamente com um copo meio vazio de soju.

— Olha só quem voltou para afogar as mágoas — comentou Rosé, com um toque de sarcasmo na voz nasalada.

Os olhos marejados de Chaewon encontraram Rosé. Seu dedo do meio erguido foi sua resposta.

— O que você quer? Eu esperei naquela porcaria de fila. Eu estou no meu direito — murmurou Chaewon, não escondendo o desdém em sua voz.

— Fiquei curiosa, só isso. Queria saber como é que anda a sua vida com aquela namorada pateta que tens — respondeu Rosé com um sorriso malicioso. — E parece que anda mal, pelo visto.

A Kim bufou e estreitou os olhos, pronta para retrucar, mas Rosé levantou as duas mãos em sinal de paz.

— Calma aí, garotinha. Eu vim em paz. — Rosé sentou-se ao lado dela. — Vi na sua comanda que pediu uma porção de contra-filé nova iorquino e duas garrafas de soju da tampa vermelha, quer falar sobre isso?

Dr. Love! | PurinzOnde histórias criam vida. Descubra agora