𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟓: 𝐏𝐚𝐥𝐡𝐚𝐜̧𝐚𝐝𝐚.

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- você deu uma exagerada. Não acha? - pergunta a morena.

Beatriz se olha no espelho do estúdio enquanto os tatuadores respiravam cansados.

- Não. Eu ainda vou fazer mais, - os profissionais arregalaram os olhos com as mãos trêmulas. - só deixa essa dor passar, ai eu coloco mais. - um suspiro de alívio veio de trás de ambas. - As tuas estão doendo também???

- Um pouco, mas elas são mais finas, porém as de outra cor então doendo um pouco.

As duas riram.

- Fizemos algumas parecidas. - comenta a mais nova. - Quantas vc tem ?

- 21. E você?

- 32.......

Ambas ficaram se encarando.

- Mas bah! 32 best?!

Beatriz sorriu e deu uma voltinha.

- Fazer o que. Mas tá bonito, eu só não fiz no rosto porque não é uma região a onde eu ache bonito.

- Eu também não.

Ambas foram até o caixa e se olharam.

- Tú tem dinheiro japonês? - perguntou a morena.

- Não....... Mas, o universo é bonzinho.... ele deve ter trocado pelo menos as moedinhas do meu pix para ienes....

O dono se aproximou com um sorriso enorme e colocou a maquininha.

- Qual vai ser a forma de pagamento?

- Pix.

Ele arrumou a conta e colocou na frente.

As duas quase caíram para trás, deu 198.327,22 ienes. Por sorte sabiam que na moeda brasileira aquilo dava 7 mil certinho.

- Tatuagens cara dos inferno. - Bruna sussurrou.

Beatriz engoliu em seco e viu que seu saúdo não estava aparecendo, mas mesmo assim aproximou e passou o Qr cold. Um suspiro saiu de seus lábios quando viu a palavra "saúdo suficiente".

Ela pagou e saiu do estúdio aliviada, e os profissionais mais ainda.

- Tú pagou 7 mil........

A branquela a encarou surpresa também.

- Tô rica.

- Não. Tudo que é teu é meu também. Estamos ricas.

As duas riram e viram Strydum comendo bolinhos e tomando um café. Elas se aproximaram do mesmo e o cutucaram.

- Bora vovô?

O homem as olhou e sorriu aliviado.

- Eu achei que não iam mais sair de lá, já se passaram quatro horas, estão muito mais que atrasadas.

Ambos entraram no carro e Bruna comentou.

- Vovô, você deveria vir ver mais a gente. Gostei de você. - ela sorriu simpática.

Beatriz deu um chute em sua canela e a olhou de cara feia. Mas a moça apenas sorriu com pouco de dor e piscou de volta.

Strydum sorriu surpreso e olhou pelo retrovisor.

- Obrigado senhorita. Eu irei fazer mais visitas então, se não as encomodar, é claro.

- Imagina..... - Beatriz esboçou um sorriso, mas a irônia em sua voz era muito notável.

Por sorte, Strydum era lerdo de mais para certas coisas e apenas agradeceu com um sorriso.

O carro parou derepente e todos desceram. As jovens olharam bem para o grande prédio que parecia um estádio.

- Olha.... Eu sei que eu não tô surtando, mas, mano, a gente tá em Tokyo e em um anime. - sussurrou Bruna.

Beatriz concordou e riu de nervoso.

- Tô com um presentimento favorável. - comentou respirando fundo.

Strydum deu a frente, e ambas seguiram admirando o lugar. Quem estava mais animada com tudo aquilo era Beatriz, estar em um de seus animes favoritos e com sua melhor amiga. Bruna também estava entusiasmada, mas apenas por estar em Tokyo, ela achava loucura tudo aquilo de universo 2D.

Em poucos minutos de demora, as duas já estavam de frente com a mais famosa Arena Subterrânea.

- Show....

- No anime ela era um pouco menor.....

Distraídas com a imensidade do lugar, não perceberam Tokugawa se aproximar com companhia.

- Vocês finalmente chegaram! Já não aguentava mais esperar pelas irmãs Yomekan. - a voz do velinho as fez virar imediatamente.

As duas os olharam e se assustaram com o grande homem ao seu lado.

- Quem é? - sussurrou Bruna de forma disfarçada.

- Kaoru Hanayama, líder da Yakuza Hanayama. - resmungou sorrateiramente.

As duas cochichando ignorando os dois a frente os deixaram surpresos.

- Meninas!

- Sim?! - elas pularam.

O velho respirou fundo e sorriu colocando as mãos para trás.

- Eu sou Mitsunari Tokugawa, podem me chamar de Tokugawa-Sama. - ele apontou para si e logo em seguida para o Yakuza um pouco a trás. - Este é Kaoru Hanay~~~

- Kaoru Hanayama, líder da Yakuza Hanayama. - Beatriz sorriu. - Você é bem maior do que eu imaginava, e bem mais intimidador do que me contaram. - a jovem fez uma reverência tradicional. - Me chamo Beatriz Satsunawa Yomekan.

Hanayama a olhou um tanto surpreso, mas não deixou transparecer. Ele deu alguns passos em sua direção e então se curvou levemente.

- O prazer é meu, senhorita Yomekan.

A branquela riu abanando o ar.

- Que "senhorita" o que ahahaha. Pode me chamar de Be, Bia, Baji, Satsu. Escolhe ai.

Ele sorriu minimamente e concordou. Bruna deu alguns passos a frente e se curvou com um pequeno sorriso.

- Bruna Aellen Yomekan. Prazer.

- O Prazer é todo meu. - o Yakuza a analisou descaradamente. - Vocês são diferentes.

A morena deu de ombros e coçou a cabeça.

- Filhas de mães diferentes.

Ambos se olharam e concordaram em não protestar.

Tokugawa abriu os braços e se sentou em sua cadeira.

- Strydum claramente já explicou melhor o que vcs seriam aqui dentro, correto?

Beatriz encarou o baixinho.

- Sim. Porém, não entendi o motivo de terem escolhido a gente.

O velho deu uma leve risada e sorriu.

- Vocês são incríveis lutadoras pelo o que sei, a nossa arena precisa de mais ajuda para organizar as lutas. Rosane Nushikawa Yomekan permitiu que vocês me ajudassem com isso. - ele se sentou. - Então, SEJAM BEM VINDAS A ARENA SUBTERRÂNEA!!

Beatriz encarou Bruna e engoliu em seco enquanto batia a mão na testa.

- Fudeu.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚......

𝐄𝐬𝐭𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐦...?? 𝐁𝐀𝐊𝐈 𝐇𝐀𝐍𝐌𝐀?! Onde histórias criam vida. Descubra agora