02 ⋆ Provocations.

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[10:00]

     Sexta-feira. As implicâncias de Flores contra Aghata não cessaram em nenhum dia durante a semana, e mesmo com tanta provocação, Aghata não havia descoberto o nome da mesma.

Agora era aula de educação física. A professora já tinha separado os times e por azar da ruiva, iria jogar contra a irritante garota de cabelos curtos e pretos.

— Boa Morte e Flores: Vocês vão disputar a bola. — Aghata assentiu, vestiu o colete do seu time e se moveu para o centro da quadra, levantando as costas da mão para disputar contra a mais alta.

— Bom jogo. — Flores disse, sarcasticamente.

— Se fode. — O apito soou, a bola foi lançada e as garotas pularam para tentar levar a bola para seu time. Aghata a conseguiu.

A professora gritava algumas orientações, como "levantar o braço para marcar", ou que estava faltando alguma marcação em algum lugar da grande quadra. A primeira sexta foi feita alguns minutos depois. 3 pontos para o time da Havan.

— Boa, Kaleb! — A professora gritou.

O jogo foi rolando. No primeiro tempo foram 7 sextas para o time de Havan e mais 7 para o time de Aghata, dando empate. O segundo tempo começaria em poucos segundos.

— Sabe que eu vou ganhar, né? — Flores provocou de novo, logo depois de chegar ao lado da garota que prestava atenção nas pessoas indo disputar a bola.

— Gosta de me estressar, né? Eu nunca perco um jogo de basquete, amor.

— Hm. — Havan recolheu o canto dos lábios e levantou a sobrancelha, como quem dissesse "Se você diz" ou algo do tipo.

O apito soou.

Alguns minutos e mais 11 cestas feitas no total. O jogo acabou com o time de Aghata tendo 2 cestas a mais, tornando-o ganhador.

— Eu disse. — Disse Aghata devolvendo os coletes para a professora e saindo da quadra logo depois.

— É. Você disse. — Havan confirmou com os olhos pesados e um sorriso. Boa Morte ainda não sabia se era proposital e provocação ou se a garota realmente flertava com ela.

Aghata ainda não sabia nome da mesma, apesar de lembrar a professora ou Dana a chamar pelo primeiro nome algumas vezes, a memória parecia como um grande borrão, e mesmo assim, a ruiva ainda não se atrevia a perguntar. Ela tinha medo.

[...]

As aulas haviam acabado a várias horas, levando em consideração os números 22:36 brilhando no relógio da cabeceira de Aghata.

Papéis, fitas e canetas espalhadas pela mesa de vidro e o barulho das teclas formavam uma grande bagunça colorida e auditiva. Aghata tocava diversos instrumentos, e modéstia a parte os tocavam muito bem. O instrumento o qual ela tentava aprender agora era teclado, e as fitas coloridas a ajudava a memorizar a localização das notas.

3 Batidas na porta.

— Atende lá, gatinha. Tô com preguiça de levantar. — Dana murmurou em sua cama, sem tirar os olhos do aparelho retangular e brilhante em sua mão.

A ruiva se levantou de sua cadeira confortável e caminhou pelo chão frio até a porta branca de madeira, abrindo e vendo a imagem de Flores na batente da porta, olhando para baixo, abraçando sua barriga com um braço e com a mão livre coçava a testa.

Qual foi, gata? - Havan F.Onde histórias criam vida. Descubra agora