Primeiras impressões

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Evie estava sentada ao lado de Draco no trem a caminho de Hogwarts. O nervosismo fazia suas mãos suarem, e ela mal conseguia se concentrar nas paisagens que passavam rapidamente pela janela. Draco, percebendo seu estado, tentou mais uma vez acalmá-la.

— Relaxa, Evie. Você é incrível, todo mundo vai gostar de você.

Evie soltou um suspiro profundo, ainda se sentindo pessimista.

— Eu sei que você acredita nisso, Draco, mas... quem vai querer ser amigo da filha do Lorde das Trevas?

Draco fez uma careta de impaciência.

— Esquece isso. Você é mais do que apenas a filha dele. Você vai ver, tudo vai ficar bem.

Quando o trem finalmente parou na estação de Hogsmeade, Evie desceu junto com Draco, sentindo o coração bater mais rápido a cada passo. A recepção foi calorosa para os novos alunos, mas Evie notou os olhares furtivos e cochichos direcionados a ela.

Draco avistou Harry Potter, o famoso Menino Que Sobreviveu, e decidiu se apresentar. Ele caminhou até Harry, acompanhado de Evie, e fez o discurso que vinha ensaiando.

— Então é verdade o que dizem no trem. Harry Potter veio mesmo para Hogwarts. — disse Draco com um tom de superioridade. — Este é Crabbe, este é Goyle. E eu sou Malfoy... Draco Malfoy.

— Prazer em conhecê-lo. — disse Harry educadamente.

— Acho melhor você aprender logo que certas famílias são melhores que outras, Potter. Eu posso ajudá-lo com isso.

Antes que Harry pudesse responder, Ron Weasley, que estava ao lado de Harry, soltou uma risada irônica.

— Eu acho que posso descobrir isso sozinho, obrigado. — disse Harry, apertando a mão de Ron e ignorando Draco.

Draco virou-se com um olhar de desdém, e Evie acompanhou-o, ainda mais nervosa.

Na entrada do Grande Salão, os novos alunos se alinhavam para a Cerimônia de Seleção. Os olhares de curiosidade e temor sobre Evie eram quase palpáveis. Quando chegou sua vez, ela se sentou no banquinho e colocou o Chapéu Seletor na cabeça.

— Ah, interessante... muito interessante... — sussurrou o chapéu em sua mente. — Corajosa, inteligente... mas onde colocá-la?

Evie prendeu a respiração. O Chapéu parecia indeciso entre Sonserina e Lufa-Lufa.

— Sonserina... ou talvez Lufa-Lufa? Você é leal, mas também ambiciosa... difícil, muito difícil...

Evie fechou os olhos, esperando ansiosamente pela decisão.

— SONserina! — anunciou o Chapéu finalmente.

Evie suspirou aliviada e desceu do banquinho, juntando-se à mesa da Sonserina. Draco a recebeu com um sorriso largo.

— Eu sabia que você viria para a Sonserina! — exclamou ele, batendo palmas.

Evie tentou sorrir, mas ainda se sentia nervosa com os olhares ao redor. As pessoas a observavam como se esperassem algo terrível dela, apenas por ser quem era. No entanto, com Draco ao seu lado, ela sentiu um pouco mais de confiança para enfrentar o que quer que viesse pela frente.

Enquanto a noite prosseguia, Evie se esforçou para se concentrar no banquete e nas conversas ao seu redor. Ela sabia que o caminho não seria fácil, mas estava determinada a provar que era mais do que apenas a filha de Voldemort. Ela era Evie Riddle, e faria o possível para ser vista como tal.

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