amigos

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Narrado por Evie Riddle

O Grande Salão estava iluminado por velas flutuantes, o teto encantado refletindo o céu estrelado lá fora. Eu estava sentada na mesa da Sonserina, tentando ignorar os olhares furtivos e os sussurros que vinham de todas as direções.

— É ela... a filha de Lorde Voldemort...

— Não acredito que ela está aqui...

— Será que é perigosa?

Minha fome havia desaparecido completamente. Eu empurrava a comida no prato, sem realmente comer. Draco, sentado ao meu lado, percebeu meu desconforto.

— Ei, não deixe que eles te incomodem, Evie. — disse ele, dando um leve empurrão no meu ombro. — Eles não sabem quem você realmente é.

Tentei sorrir, mas a ansiedade ainda pesava em meu peito.

— Eu sei, Draco. É só... difícil ignorar.

No meio do jantar, um garoto chamado Blaise Zabini se aproximou de nós. Ele era alto, de pele escura e tinha um ar de confiança.

— Posso me sentar aqui? — perguntou ele, indicando o lugar ao meu lado.

— Claro, Blaise. — respondeu Draco, sorrindo. — Esta é a Evie.

Blaise se sentou e me deu um sorriso simpático.

— Ouvi dizer que você é filha de... bem, você sabe quem. — ele disse, mas sem o tom de julgamento que eu estava acostumada a ouvir.

— Sim, sou eu. — respondi, tentando manter a voz firme.

— Não se preocupe com isso. — disse Blaise, dando de ombros. — Minha mãe sempre diz que não devemos julgar as pessoas pelos pais. Além disso, quem liga? Aposto que você é bem mais interessante do que todos esses fofoqueiros.

Eu ri, surpresa pela leveza de suas palavras.

— Obrigada, Blaise. Acho que você é a primeira pessoa aqui a dizer isso.

— Bem, alguém tinha que dizer. — ele piscou para mim, fazendo-me rir novamente.

Draco parecia satisfeito ao ver que eu estava começando a me sentir mais confortável.

Depois do jantar, seguimos para os dormitórios. Eu estava nervosa para conhecer minha colega de quarto, imaginando se ela também teria preconceitos contra mim. Para minha surpresa, Pansy Parkinson era animada e tranquila, com um sorriso fácil.

— Oi, Evie! — disse ela quando entrei no quarto. — Sou Pansy. Ouvi falar de você, mas não se preocupe, eu não ligo para o que dizem.

— Oi, Pansy. Obrigada. — respondi, aliviada. — Acho que vamos nos dar bem.

— Tenho certeza que sim! — disse ela, rindo. — Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar.

Enquanto desfazia minha mala, Draco entrou no quarto, com um olhar determinado.

— Evie, se alguém fizer algo de ruim a você, eu vou contar ao meu pai. — disse ele seriamente. — E se eles não gostarem de você, não merecem o seu tempo.

— Obrigada, Draco. — disse, tocada pela sua lealdade. — Eu realmente aprecio isso.

— É sério, Evie. — ele continuou. — Você é incrível, e eles precisam ver isso.

Pansy assentiu vigorosamente.

— Draco está certo. Estamos todos aqui para aprender e crescer. Não deixe que os ignorantes te derrubem.

Deitei-me na cama, sentindo uma onda de alívio. Talvez ser da Sonserina não fosse tão ruim assim. Com amigos como Draco, Blaise e Pansy ao meu lado, eu podia enfrentar qualquer coisa. Eu fechava os olhos, determinada a mostrar a todos que eu era mais do que apenas a filha de Voldemort. Eu era Evie Riddle, e eu faria o meu próprio caminho.

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