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festa

Dois Anos Depois

Narrado por Evie Riddle

Dois anos se passaram desde o meu primeiro dia em Hogwarts. Eu me tornei a melhor aluna da Sonserina e, para minha surpresa, uma das mais bonitas da escola. Mas, mesmo com todas essas conquistas, ainda ouvia os sussurros pelos corredores.

— É a filha de Lorde Voldemort...

— Você ouviu os rumores? Dizem que ele está de volta.

Esses murmúrios não me afetavam mais como antes. Eu me tornei mais fria, mais indiferente. Não importava o que eu fizesse, sempre seria vista como a filha do Lorde das Trevas. Eu parei de tentar impressionar as pessoas e foquei em meus estudos e em meus amigos leais: Draco, Pansy, Blaise, Teodoro Nott e Lorenzo Nott. Eles eram os únicos de que eu precisava.

Minha rivalidade com Hermione Granger só aumentava. Ela me odiava não apenas por ser inteligente, mas também por ser quem eu era. Mesmo quando eu provava ser mais do que a filha de Voldemort, ela não conseguia enxergar além disso.

Estávamos na sala comunal da Sonserina, um lugar aconchegante com suas poltronas de couro e o fogo crepitante na lareira. Draco estava ao meu lado, como sempre, enquanto eu revisava minhas anotações de Poções.

— Você está bem, Evie? — perguntou Draco, observando-me com preocupação.

— Estou. — respondi, sem levantar os olhos dos meus livros. — Só cansada de todos esses rumores.

Draco suspirou, passando a mão pelo cabelo loiro.

— Eles são idiotas. Não sabem de nada. E se alguém te incomodar, você sabe que estou aqui para proteger você.

— Eu sei, Draco. — disse, finalmente olhando para ele. — E agradeço por isso.

Pansy entrou na sala, seguida por Blaise e os irmãos Nott. Ela sentou-se ao lado de Draco, que logo colocou o braço ao redor dela de maneira possessiva. Era estranho vê-los juntos, sabendo que Draco também ficava com outras garotas, mas Pansy parecia aceitar isso.

— Oi, Evie. — disse Pansy, sorrindo. — Tudo bem?

— Sim, tudo bem. — respondi, forçando um sorriso.

Blaise, sempre o mais descontraído, sentou-se em uma poltrona próxima e olhou para mim.

— Evie, você está sempre tão séria. Precisamos sair e nos divertir um pouco.

Eu ri, balançando a cabeça.

— Talvez. Mas eu realmente preciso estudar para os exames.

Teodoro e Lorenzo se juntaram à conversa, trazendo um pouco de leveza ao ambiente.

— Não se preocupe tanto, Evie. — disse Lorenzo. — Você é a melhor da turma. Não tem com o que se preocupar.

— Além disso, estamos todos aqui para ajudar você. — acrescentou Teodoro.

Senti uma onda de gratidão por meus amigos. Eles eram a razão pela qual eu conseguia suportar tudo isso. Mesmo com a constante sombra do meu pai sobre mim, eles me lembravam que eu não estava sozinha.

No dia seguinte, durante a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Hermione fez um comentário sarcástico enquanto o professor explicava um feitiço avançado.

— É surpreendente como alguém pode ser tão inteligente, mesmo sendo filha de Voldemort. — disse ela, sua voz carregada de veneno.

Antes que eu pudesse responder, Draco interveio, furioso.

— Cale a boca, sangue ruim! — gritou ele, atraindo a atenção de toda a classe.

Hermione ficou vermelha de raiva, mas não respondeu. O professor continuou a aula, ignorando a troca de palavras.

Após a aula, Draco se aproximou de mim, ainda visivelmente irritado.

— Eu odeio aquela garota. — disse ele. — Ela não tem o direito de falar assim com você.

— Eu sei, Draco. — respondi, suspirando. — Mas não vale a pena se preocupar com isso. Ela nunca vai mudar.

— Talvez não. — ele concordou. — Mas sempre estarei aqui para defender você.

Eu sorri, tocada pela sua lealdade. Apesar de Draco ter se tornado um mulherengo, sempre cercado por garotas diferentes, ele permanecia leal e protetor comigo. E isso era algo que eu realmente valorizava.

A caminho do Salão Principal para o jantar, Pansy se juntou a nós, segurando a mão de Draco.

— Vamos, Evie. Vamos esquecer Hermione e aproveitar a noite. — disse ela, animada.

— Certo. — concordei, sentindo-me um pouco mais leve. — Vamos jantar.

Com meus amigos ao meu lado, eu sabia que poderia enfrentar qualquer coisa. E enquanto os rumores continuavam a circular pelos corredores de Hogwarts, eu me concentrava em ser a melhor versão de mim mesma, independente de quem fosse meu pai. Eu era Evie Riddle, e isso era o suficiente.