35_ eu não sou religioso

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Azrael Elliot

Continuo a conversa com Arthur e Aiden.

Ouço a música que a festa toca, que era Wap- Cardi B.

Estamos no andar de cima da festa, onde da pra ver tudo.

Ouço uma gritaria.

Aqui só tinha louco, louco gritando. Mas estava começando a me irritar o bando de animais gritando.

Arthur levanta e olha pra baixo pra ver o andar de baixo.

—Mano, que merda é essa?—Arthur fala e eu e Aiden levantamos automaticamente.

Quando desço meu olhar, vejo apenas uma figura no pole dance.


Encaro Ellie com sangue nos olhos.

Gostosa? Sim. Só que ela é minha, e apenas eu posso olhar.

Eu observei do alto das escadas, e o que vi foi suficiente para fazer meu sangue ferver. A festa lá embaixo parecia uma cena de caos colorido e frenético, mas eu só tinha olhos para Ellie.

Garota..

Nem consegui olhar para o que minha irmã fazia, eu só olhava pra Ellie, ela sensualizando pra outros homens.

Ela estava no centro, dançando ao redor do pole dance, seus movimentos embriagados e desajeitados. A visão dela, bêbada e se exibindo assim, me deixava fora de controle.

Cada risada masculina, cada olhar admirado que ela recebia, era como uma lâmina afiada se enterrando em minha carne.

Ciúmes.

Sempre tive ciúmes de Ellie, qualquer um que se aproximava dela era questão de eu querer matar

Eu não suportava ver minha Ellie assim, exposta e ao alcance dos olhos de outros homens. A inveja queimava em minhas veias como ácido, e a raiva me consumia.

Desci as escadas com passos pesados, cada pisada ressoando como um trovão.

Aiden anda ao meu lado, pegando sua arma.

A música ainda pulsava, mas para mim, era um rugido distante. A arma que eu puxei do casaco parecia um prolongamento da minha fúria. Meu coração batia forte, mas a minha mente estava clara: eu precisava acabar com isso.

Cheguei ao meio do salão e disparei um tiro para o teto. O som ensurdecedor fez todos pararem em seco, os gritos de pânico foram como música para meus ouvidos.

Adorava que as pessoas tinham medo de mim, fugiam igual ratos.

Disparei outro tiro, e os convidados, desesperados, se lançaram para fora, deixando o salão em ruínas.

Menos, Darcie e Ellie saíram, elas obviamente conhecem a figura que mora com elas.

Agora, finalmente, a sala estava vazia. O silêncio que se seguiu era quase mais pesado do que o tumulto. Ellie estava no chão, confusa e assustada, seus olhos tentando se ajustar à nova realidade.

 the kidnapping | dark romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora