Capítulo - 19

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Por um momento tudo fica silencioso, tenso, Fátima engole seco mas disfarça o susto e a surpresa que teve ao saber de quem se tratava.

- A senhora sabe onde ele está ? Procurei pela vizinhança me falaram da morte das duas e que você deve saber onde meu filho está.

O homem parecia incisivo, estava pela redondeza recentemente ou já teriam espalhado a fofoca de que o "sem futuro" estaria por aí.

- Não... Eu não sei, desde a morte da Neide eu não o vi - Fátima diz sem hesitar.

- Eu sei que vocês eram muito amigas, a senhora deve saber onde ele está ou pra onde levaram.

Geraldo consegue ouvir a voz masculina então vai até a mulher e se depara com o homem a frente.

- A senhora sabe não sabe ?

Perguntava com certa indignação pela mulher estar mentindo pra ele, algo ela estava escondendo e ele sentia isso. "Quem ela pensa que é pra esconder informações sobre meu filho?" chegou a pensar com certa raiva.

- Não, eu não sei! - bate o pé com seriedade.

- Parece que a senhora tá mentindo pra mim ? Porque ?

Sua voz demonstrava a inquietação e irritação por estar sendo enganado.

- Se minha mulher disse que não sabe é porque não sabe, peço que o senhor vá embora. AGORA! - diz Geraldo com voz autoritária, abraçado ao ombro da mulher.

O homem bufa indo embora sem falar mais nada. Geraldo fecha a porta com chave, ajuda a esposa sentar no sofá, pelo estado ela estava nervosa então ele vai rapidamente pegar um copo de água, volta entregando e notando que ela tremia.

- Calma vida, respira.

- Eu não podia falar, não podia... Meu deus por que esse homem veio aparecer porque ? - Fátima toma a água e tenta respirar fundo a pedido do marido que tenta acalma-la.
- Ele não pode querer o menino,ele não pode ir atrás dele agora, não pode!

- Calma querida, nós vamos dar um jeito, ele vai esquecer, vai sumir... Calma - abraça a esposa a acalmando.

Mais uma vez Diego foi convencido a dormir na casa de Amaury, era impossível negar ao pedido fofo dos dois, ele simplesmente não conseguia e talvez nem quisesse tanto assim negar então aceitou já que não tinha outros afazeres no dia. Logo que chegaram ele se comprometeu de fazer a janta e nem ao menos ajuda de Amaury ele quis, com o intuito de querer surpreender o amado.

Enquanto isso Amaury trabalhava lendo alguns roteiros e Pedro estudava para trabalhos da escola. Diego finalizava a lasanha colocando no forno e indo arrumar a mesa. Amaury aparece beijando o pescoço do ruivo.

- O cheiro tá muito bom - o nariz afundava no pescoço alheio.

- Uhmmm qual deles ?

- O da lasanha - já diz rindo por saber que Diego se irritaria.

- Sai Amaury... Sai sai - se afasta.

- Eu tô brincando vem aqui - o puxa pela mão, o abraçando - você é sempre cheiroso, gostoso, saboroso.

Amaury sai percorrendo beijos pelos ombros e pescoço dele, suas mãos descem pelas costas, cintura e parando na bunda apertando, acariciando. Diego se deixa levar pelas carícias, amolece nos braços dele de maneira que solta murmúrios manhosos. Celular de Amaury vibrando os interrompe.

- Oi mãezinha, tudo bem ?

- Oi filho... Tudo bem ? Cadê os meninos ?

- Pequetito tá fazendo a janta e Pedrinho tá estudando.

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