9. (Caos de lobos gritando e jogando) Uma partida de basquete

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Sempre que Raven pensava no Dia do Legado, ela sentia enjoo. Isso estava acontecendo frequentemente ultimamente, já que Apple estava constantemente trazendo isso à tona. Raven não podia adiar mais. Ela tinha que olhar no Livro de Lendas. Talvez sua história não fosse tão ruim quanto ela temia. Talvez ela se visse apenas fingindo ser a Rainha Má da Branca de Neve, como se estivesse atuando em uma peça, e depois voltasse a ser Raven assim que a Branca de Neve se casasse com seu príncipe.

Mas antes de assinar aquele livro, ela precisava ter certeza. Hoje era o dia. Raven sentiu aquelas asas de nervosismo batendo em seu peito, mas ela não recuaria. Ela havia passado dias planejando cada detalhe.

Ela verificou sua bolsa pela quinta vez, só para ter certeza de que tinha caramelos suficientes embrulhados. Ela tinha que passar pela aula de Grimmnática e confirmar com Dexter, mas assim que o sinal do almoço tocasse, era hora do show. "Por que você continua verificando sua bolsa?" perguntou Maddie enquanto caminhavam para a aula. "Você tem esquilos aí dentro ou algo assim?"

"Esquilos? Uh, não..."

"Os esquilos do país das maravilhas sempre usavam chapéus," disse Maddie sonhadora.
"Você sente falta de sua casa?" perguntou Raven.

"Oh, sim," disse Maddie. "O país das maravilhas era maravilhoso." O coração de Raven apertou. Foi o ataque de sua mãe que forçou Maddie e outros a fugir do país das maravilhas, selando o portal atrás deles - talvez para sempre.

Maddie ampliou seu sorriso quase constante e pegou a mão de Raven. "Mas se eu nunca tivesse saído de lá, eu não teria conhecido você!"

"Raven," disse Cedar, "você tem uma mancha de tinta embaixo do nariz que parece catarro - desculpe! Desculpe, eu não consegui evitar dizer!"

"Não, está tudo bem," disse Raven, limpando a tinta. "Eu prefiro saber do que parecer uma tola." Ter uma amiga honesta como Cedar era incrível. Mas ela não só não podia mentir, como também era compelida a simplesmente explodir com a verdade em momentos aleatórios. E se ela soubesse que Raven planejava entrar furtivamente no escritório do diretor e fosse compelida a contar a ele sobre isso?

Não, Raven não podia arriscar contar para ela. Ou para Maddie também. Maddie não tinha más intenções, mas simplesmente não conseguia evitar falar. À frente, Cerise estava caminhando sozinha para a aula, envolta como sempre em seu manto vermelho e capuz. Seus ombros largos puxavam o manto, suas pernas musculosas sob seus jeans. Raven se perguntou se Cerise era uma atleta.

"Desde a primeira vez que conheci Cerise no ano passado, eu presumi que ela se tornaria nossa amiga também," disse Raven. "Mas ainda não sinto que a conheço de verdade."

"Escute isso," disse Maddie. "Cerise Hood. Cedar Wood, Cerise Hood. Cedar Wood. Cedar, você e Cerise têm que ser amigas ou seus nomes vão enlouquecer e simplesmente marchar para longe de vocês!"

"Como ela é?" Raven perguntou. Cedar e Cerise eram colegas de quarto este ano.

"Ela usa seu manto e capuz para dormir. Ela não fala. Mas..." A voz de Cedar caiu para um sussurro. "Mas, cara, ela pode correr." Cedar sorriu sonhadora. "Você acha que quando eu me tornar uma menina de verdade, eu também vou poder correr?"

"Ei, Cerise," chamou Raven. Cerise olhou para Raven e começou a levantar a mão como se fosse acenar de volta.

Os Três Porquinhos vieram pelo corredor em direção à sala de Cozinha e esbarraram em Cerise. Todos os três deram um grito agudo e correram em pânico. O primeiro porquinho abriu a porta da sala de aula. O segundo porquinho pulou para dentro. O terceiro porquinho bateu a porta atrás de si. Raven ouviu o clique da fechadura.

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