22. O (indescoberto) Cofre das histórias perdidas.

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Maddie já havia levado Raven ao cofre das Histórias Perdidas uma vez antes – um labirinto sob a biblioteca habitado por livros empoeirados e um homem estranho que falava apenas Xaradêz. Maddie afirmava que ele era o irmão desaparecido de Milton Grimm, Giles Grimm, mas Raven tinha dificuldade em acreditar nisso. Por que o irmão do Diretor Grimm falaria apenas uma língua Maravilhesca?

"Você pegou o livro sobre Bella Sister?" perguntou Raven.

"Oh, não, não há catálogo de cartões para as Histórias Perdidas e nem bibliotecário para registrá-los. Além disso, eles não gostam de ser levados. Eles são como um monte de avôs e avós que preferem ficar em casa, muito obrigado."

Entraram na biblioteca, a sala estreita e alta como um armário de gigante.

"Ouvi batidas fracas por semanas antes de conseguir seguir o som até aqui," disse Maddie, puxando Raven para o lado escuro e traseiro da biblioteca. "O problema é que a entrada para o cofre está sempre mudando."

Maddie encostou o ouvido a uma parede e bateu três vezes. Tentou o mesmo em uma estante de livros, no chão, em um livro chamado Como Criar Pepinos do Mal e outro chamado A História do Cuspe. Ela rastejou de joelhos, batendo, depois subiu em cadeiras para bater alto nas paredes. Raven começou a bater também, embora não tivesse ideia do que estava fazendo.

"Talvez não seja-" Raven começou a dizer, quando a parede em que Maddie acabara de bater de repente se abriu como uma porta. As duas garotas caíram para dentro. A parede se fechou atrás delas.

Cogumelos brilhavam alto nas paredes, iluminando o corredor escuro com um brilho cintilante. Elas caminharam, o caminho descendo, torcendo e dobrando de volta, um labirinto de corredores. O caminho terminou em uma grande porta pesada com uma grande maçaneta de latão.

"Isso não estava aqui da última vez," disse Raven.

"O caminho é sempre diferente," disse Maddie.

A porta estava trancada.

"Poderíamos chamar Blondie Lockes," disse Raven. "Essa garota consegue destrancar qualquer porta. Mas... já usei o talento dela uma vez. Não quero que ela fique desconfiada e conte ao Diretor Grimm."

"Deixe-me ver no meu chapéu," disse Maddie. Ela removeu seu Chapéu de Muitas Coisas e começou a vasculhar. "Olha!"

"O quê?" disse Raven.

"Um graveto!"

"Hum, como um graveto nos ajuda a destrancar uma porta?"

"Não ajuda. Mas olhe! Um graveto!" Maddie jogou o graveto por cima do ombro e continuou a vasculhar. "Um peixe morto! Não, espere, está vivo. Melhor colocá-lo de volta. Hum... um trevo de cinco folhas, uma bola de boliche, Poção de Encolhimento, uma estrela-do-mar atordoada-"

"Pare!"

"Você quer a estrela-do-mar? Ela é meio fofinha, embora um pouco úmida e não muito divertida, estando atordoada e tudo mais-"

"Não, a poção. Ela nos encolheria?"

"Provavelmente indubitavelmente! Eu a fiz na aula de Químistória."

"Maddie, você é um gênio! Mas também precisaremos de uma poção que nos faça crescer novamente."

Maddie vasculhou seu chapéu, tirando um frasco rosa de Poção de Crescimento. Ela inclinou o ouvido. "Sim, o Narrador disse que este frasco rosa é Poção de Crescimento, então deve ser. Obrigada, Narrador!"

Argh! Fiz de novo!

"Ah, tão prestativo, este Narrador. Sim, você é um docinho."

Raven desfiou uma fibra de sua saia e a amarrou na maçaneta da porta, deixando-a cair no chão. Uma vez encolhidas, a fibra serviria como uma corda.Raven fez uma careta ao ver o líquido viscoso. Poções a lembravam demais de sua mãe. Mas ela cruzou os dedos e tomou um gole.

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