Elena Winchester, corajosa e determinada, fez uma escolha que mudaria o curso de sua vida. Abandonando sua casa, deixando para trás seu pai e irmão mais velho, ela seguiu o chamado de seu irmão gêmeo, Sam, renunciando à vida de caçadores para viver...
A morte de John Winchester abalou profundamente seus filhos. Elena, Dean e Sam ficaram devastados, cada um lidando com a perda à sua maneira. Há duas semanas, foram para a casa de Bobby, e não saíram mais de lá.
Desde que chegaram, Dean passou a maior parte do tempo consertando o Impala. O ferro velho tornou-se seu refúgio, um lugar onde podia se perder no trabalho e não pensar na perda do pai. Seu silêncio era ensurdecedor, cada golpe de ferramenta contra metal refletindo sua dor contida.
Elena, por sua vez, se afundou em livros e álcool. Sentava-se no canto mais afastado da sala de estar, um copo sempre à mão e pilhas de livros ao redor. As palavras nas páginas forneciam uma fuga temporária, mas nada conseguia preencher o vazio deixado pela morte de John. Seu olhar perdido e as olheiras profundas mostravam o quanto estava sofrendo, embora não dissesse uma palavra sobre isso.
Sam, com a culpa corroendo o peito, tentou de várias maneiras ajudar seus irmãos. Tentou puxar conversa com Dean sobre o carro, oferecer ajuda, mas Dean mal levantava os olhos do motor. Com Elena, ele tentava lembrá-la dos momentos bons, da necessidade de seguir em frente, mas ela apenas assentia distraída, os olhos fixos nas páginas ou no fundo do copo.
Bobby observava tudo com preocupação. Sabia que os três precisavam processar a perda à sua maneira, mas também sabia que a família Winchester era mais forte quando unida. Decidiu dar-lhes espaço, esperando que o tempo ajudasse a curar as feridas e trazer algum alívio.
A tarde estava particularmente silenciosa quando Bobby entrou na sala onde Elena estava.
— Você sabe, ele não gostaria de ver você assim. — disse ele, a voz suave mas firme.
Elena levantou os olhos do livro, encarando Bobby por um momento.
— Eu sei, Bobby. — respondeu ela, a voz rouca de emoção e cansaço. — Mas é difícil. Tudo parece tão... vazio sem ele.
— Ele estará sempre com vocês. — Bobby assentiu, compreendendo perfeitamente. — Mas vocês precisam encontrar uma maneira de seguir em frente, juntos.
— Um dia de cada vez. — disse ela, lágrimas começando a brotar nos olhos.
Enquanto a noite caía sobre a casa de Bobby, o silêncio ainda reinava. Dean apareceu na porta da sala, as mãos sujas de graxa, e Sam o seguiu logo atrás. Elena esticou a garrafa de uísque, da qual bebia direto do gargalo, na direção dos irmãos. Eles se sentaram diante dela, cada um dando um gole por vez, antes de passar de volta pra ela. Os três irmãos se reuniram, compartilhando um momento de compreensão silenciosa.
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A união na noite anterior pareceu não mudar as coisas como Sam achou que havia mudado. Dean voltou ao interminável conserto do carro, e Elena...havia aberto mais uma garrafa.
