Lágrimas de Sangue

O Olho que Despedaça Ilusões...

Notas Iniciais
🌱Surpresa, eu não morri!

Eu sinto muito mesmo pelo hiatus não planejado, mas minha faculdade estava decidida a me enlouquecer de vez nestes últimos meses, com projetos, apresentações e trabalhos seguidos. Então eu tive que me ausentar de muita coisa pra não pirar mais do que já sou pirado.

Mas, cá estou eu, trazendo um novo capítulo! O capítulo pode estar meio doidinho porque eu escrevi ele entre períodos de tempo muito distantes. Tanto que eu tive que reler muita coisa pra saber o que tava acontecendo kakakkkaka

Enfim sem mais delongas! Boa leitura! 🌱

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Enquanto Talia e Lois desfrutavam de um chá calmo e pacífico. O antigo líder da Liga dos Assassinos se adentrava cada vez mais nas catacumbas de sua base.

Àquele ponto do trajeto, as paredes de madeira já tinham sido substituídas por paredes de rocha natural úmidas e escuras. Os passos de Ra’s ecoavam no local, o som reverberado aumentava a cada passo, indicando que ele estava se aprofundando mais do que o recomendado para qualquer visitante não autorizado.

Um brilho verde hipnótico se fez presente, todavia, desta vez, não eram os poços o que o alGhul almejava. Próximo a eles havia uma sala, separada das águas milagrosas por uma única e espessa porta de ferro. Assim que o viu, o guarda abriu a porta para que Ra’s entrasse e então a fechou logo em seguida.

Lá dentro, a única fonte de luz eram os córregos luminescentes dos poços de Lázaro que se espalhavam pelo piso como uma roseta peculiar. Além do homem, havia duas silhuetas no lugar, e o ancião conhecia muito bem ambas as criaturas.

— Bom dia, Ravena. — O alGhul cumprimentou, vendo a garota meditando enquanto levitava um grimório aberto à sua frente.

A outra silhueta era Trigon, o demônio obviamente não estava em sua forma completa, mas finalmente havia saído da gema na testa de sua filha. Contudo, o ser demoníaco estava acorrentado em correntes de jade que cintilavam no mesmo tom que as águas de Lázaro.

— Vocês não vão me segurar aqui para sempre. E quando eu sair-

— Vai mergulhar o mundo em sangue e caos, começando por essa Liga patética. — Ironizou Ra’s, interrompendo o monólogo irritantemente repetitivo do demônio. — Você já disse isso vezes demais para um período de tempo tão curto.

— Velho insolente. Eu vou cuidar pessoalmente da sua alma quando você morrer.

— Entre na fila. — Debochou, voltando a olhar para sua mais nova pupila. — Você está indo bem, minha criança, já está quase conseguindo manter as correntes com sua própria magia.

— Eu não sabia que os alGhul tinham tanto conhecimento místico assim. — Rachel comentou, enfim abrindo os olhos e fazendo o livro a sua frente se fechar e cair no chão.

— Após tantos séculos vivendo neste mundo, minha família acabou reunindo uma gama de conhecimentos muito vasta. — Explicou o homem, enquanto recuperava o livro do chão e o abria numa página específica. — Já decidiu se pretende exorcizá-lo ou prendê-lo, minha criança?

— Um exorcismo? Acham mesmo que isso irá funcionar? Azarath tentou isso quando você me libertou, Ravena. E olhe só o que aconteceu com eles! Você causou a morte de todos eles. Quer causar a destruição deste lugar medonho também?

— Não o escute, minha criança. Ele só está tentando desestabilizar as correntes. Você está no controle, não o contrário.

— Não consigo aguentar por muito… tempo. Ele é forte demais! — Ravena disse, sentindo uma pontada de dor excruciante em sua testa, como se a pedra que outrora estava lá estivesse perfurando seu crânio sem piedade.