Viagem ao Centro da Terra

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Notas Iniciais
🌱Oi, gente! Primeiramente, perdão pela demora, mas eu tô na semana de projetos desde o mês passado então eu acabo ficando sem tempo livre. E isso junto de alguns outros fatores afetou não só munha produção, mas também o tamanho desse capítulo, porém, eu vou tentar trazer a continuação logo logo

Boa leitura! 💞🌱

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Em um lugar fundo, escuro e úmido, era possível escutar o bater constante de picaretas e o som metálico estridente dos carrinhos de mina correndo através dos trilhos recém construídos. Àquela altura a exploração havia chegado em um ponto tão fundo que já não era possível ver a luz do sol no fim daquele fosso em caracol. Uma espiral sombria cuja única fonte de luz eram os cristais bioluminescentes e alguns lampiões que pareciam tão antigos que era uma surpresa ainda estarem funcionando.

E bem naquele lugar, Bruce Wayne observava tudo, desta vez não como Batman e nem como o grande filantropo. Roupas sujas e um rosto coberto de fuligem era o que compunha seu disfarce. Sua investigação solo o levou até aquele local, onde ele havia se infiltrado como um trabalhador comum desde então. Ele roubou a identificação de um dos empregados e começou a trabalhar em seu lugar, com a ajuda de um pouco de magia sua aparência foi alterada para que não levantasse suspeitas óbvias, no entanto, ainda tinha que tomar cuidado com seus passos.

O Wayne sabia que estava na cova dos leões naquele instante. O menor dos erros significaria sua apreensão, sua morte e, no pior dos casos, a derrota de todos os heróis. E com essa esmagadora sensação de responsabilidade, Batman continuou com seu trabalho. Cavando, minerando e transportando tudo dentro daquela mina suspeita. O motivo pelos quais a Liga estava naquele lugar, assim como o que era aquele mineral luminoso que saía constantemente das minas ainda eram um mistério. Bruce até conseguiu enviar um pouco do material para uma análise através dos computadores da Torre de Vigilância, no entanto, ainda não tinha recebido as devidas respostas que queria.

— Shepard, vamos andando. Temos muito trabalho a fazer. — Um dos trabalhadores clamou, atraindo a atenção de Bruce, ou melhor, Shepard.

— Certo, já estou indo, só estava espairecendo. — Retrucou, coçando a garganta antes de acompanhar o colega de volta para a mina.

Logo a mente do bilionário voltou a notar o som de passos e ferramentas, bem como seus olhos mais uma vez se acostumaram com a baixa luminosidade do local.

O caminho era longo, mas não necessariamente calmo, uma vez que sempre teria que manter uma conversa decente com o restante dos trabalhadores. Geralmente suas respostas eram quase automáticas e os assuntos também não eram muito aprofundados. Debates curtos sobre política, clima, família…

Naquele dia, estranhamente, o assunto lhe pegou de surpresa.

— E então, Shepard, como vão seus filhos? Você tem falado com eles? Pelo que eu soube eles estavam chateados com você. — Disse um dos trabalhadores, olhando sempre em frente.

Aquilo fez com que Bruce se espantasse, não porque aquilo se encaixava parcialmente com sua própria história, mas sim pelo fato de que a história de Shepard não tinha absolutamente nada a ver com aquilo.

— Do que você está falando, Henry? Eu só tenho a minha princesa de 10 anos. E bem, acho que a Mary teria me falado se a minha princesa estivesse com raiva de mim. — Ele riu de modo descontraído, tentando manter seu disfarce.

— Ah, é verdade! Foi mal aí. Esse lugar deve estar mexendo com a minha cabeça. — Brincou, Henry, dando uma batida de leve no próprio capacete.

— Vê se mantém a cabeça no lugar, Henry. Aqui não é o melhor lugar para ficar biruta de vez. Se bem que você já é louco. — Retrucou outra pessoa, que estava logo na frente de Bruce.

Lágrimas de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora