capítulo 18

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Alex estava cansada, havia feito um esforço físico que não fazia há muito tempo. O dia acaba e a noite começa.

Chegando em frente a casa, com expressão fadigada procura pelas chaves entre a confusão que era sua bolsa, quando finalmente a encontra, em segundos entra na casa e movimenta seu corpo pelas escadas, mais rápido do que sua mente cansada poderia impor. Dentro do quarto retira os sapatos e os joga de lado próximos a bolsa de longa alça lateral que é sua companheira de todos os dias.

O banho mais duradouro é a tentativa da jovem recuperar as energias. Sai do banheiro já vestida, com uma toalha em volta do pescoço que movimenta repetidas vezes contra o cabelo, objetivando diminuir o excesso de água.

Ao sair do banho a jovem ainda preguiçosa caminha pelo quarto por fim chegando a cama, na qual se joga despreocupada querendo apenas descanso. Adormece entre as cobertas.

O tempo passa e Alex permanece descansando. Seu sono pesado quase a impede de ouvir o som da chamada de seu celular. O aparelho permanece tocando insistentemente.

A morena desperta, alheia a situação resmunga procurando pelo som que a retirou de seu descanso. Ao encontrar o emissor do som sobre a mesinha onde ficava o abajur e o despertador, pega o aparelho em mãos e espreguiça, em seguida coça os olhos tentando ao máximo acabar com seu sono. Finalmente olha para a tela do celular se surpreendendo com o nome de sua tia Momo na chamada, ou melhor nas chamadas, aquela já era a quarta ligação consecutiva e Alex estava nervosa ao retornar a ligação. Antes de aproximar o celular da orelha observa a hora e percebe que está atrasada. Se levanta da cama e vai em busca das roupas de serviço.

— Alexia? Menina, parecia que tinha morrido. — a mulher suspira menos nervosa.

— Ah, oi tia! Eu tô chegando, perdi a hora. Já vou me arrumar e… — Alex simplesmente não estava chegando, não havia sequer encontrado suas roupas.

— Não precisa vestir seu uniforme. Apenas venha.

— O que houve? — a morena parou no meio do quarto com um mix de surpresa e dúvida.

— A garota, Davis, está aqui há um tempo e quer te ver. Ela não para de me perturbar. Venha logo. Ah, e aliás ela parece brava.

— Ok. — encerra a chamada e resmunga consigo mesma procurando alguma roupa descente para usar.

Pegou por fim uma calça jeans preta, uma camiseta da Slipknot e uma jaqueta de couro que amava. Optou pelo Allstar preto de cano longo. Já na saída se questionava a respeito de usar ou não usar a máscara.

— Olha só, você por aqui. — a loira disse assim que a morena fechou a porta atrás de si.

Quando Alex finalmente a olha, percebe a loira sentada na cama com os braços cruzados e o cabelo solto sobre a blusa de longas mangas cor de rosa que ia parar abaixo da saia branca. Victória estava sem os sapatos, mas a morena os percebe próximos a lateral da cama.

— Do quê você ‘tá falando? Eu trabalho aqui…

— Me refiro ao fato de você não estar em algum quarto se esfregando com aquela sua vadia. — continua com semblante neutro.

— “Minha vadia”? — questiona, e a loira permanece estática a observando. — E quem seria a “minha vadia”? — indaga ainda sem entender as acusações da loira.

— Não se faz de desentendida ‘tá legal!? — ela se levanta e movimenta as mãos enquanto fala — A garota do primeiro ano, que obviamente deu em cima de você e ainda por cima ficou se jogando pra você no “treino de vôlei”.

POR TRÁS DA MÁSCARA - romance lésbico (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora