capítulo uno

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❛❛ Si te sientes sola no me llames porfa
Me pongo sensible, me imagino tu sombra
Clase Azul es el tequila e interior la ropa ❞

O bar na capital da Espanha estava completamente cheio, bebidas espalhadas pelo balcão, a música alta ecoando por todo o lugar, casais dançando na frente do pequeno palco, sorrindo e distribuindo beijos para todos que desejassem ver o amor que sen...

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O bar na capital da Espanha estava completamente cheio, bebidas espalhadas pelo balcão, a música alta ecoando por todo o lugar, casais dançando na frente do pequeno palco, sorrindo e distribuindo beijos para todos que desejassem ver o amor que sentiam um pelo outro. Marisol continuava sentada no balcão, com copos de margaritas em sua frente, um ainda pela metade, sendo guiado até seus lábios de minuto em minuto. A bebida parecia não ter efeito nenhum em seu organismo, não depois da tarde repleta de gritos e discussões de família pela qual tinha passado.

A garota levou o copo aos lábios uma última vez, tentando terminar a bebida para que pudesse se levantar e sair dali, voltar para a caminhada sem rumo que faria até que estivesse perdida e precisasse de alguém para encontrá-la. Mas nada parecia estar ao seu favor naquele dia. Sentiu todo o líquido cair sobre a saia que usava, molhando a barriga e parte de sua blusa ao mesmo tempo, desejou proferir os piores xingamentos que conhecia, até mesmo em outros idiomas, mas tudo que conseguiu fazer foi se virar para ver o autor do empurrão que a fez derrubar o copo.

── Mil desculpas, senhorita! ── O homem falou, o sotaque mexicano se sobressaindo na voz nervosa. ── Eu tropecei no pé de alguém, não foi intencional. Posso pagar outra se quiser, podemos até beber juntos.

Marisol sabia que conhecia aquele rosto de algum lugar, mas naquele atual momento, apenas balançou a cabeça e pegou algumas toalhas de papéis de dentro de sua bolsa, limpando a roupa como conseguiu. O mexicano se sentou na banqueta livre ao seu lado, pedindo duas margaritas ao barman, que sorriu ao ir preparar as bebidas, a mulher levantou o olhar para o homem, que lhe deu um sorriso aberto.

“Ótimo, ele já deve estar bêbado”. Pensou, apoiando a bochecha na palma da mão, retribuindo ao olhar do de cabelos lisos, que não demorou a indicar os copos que o homem colocava à sua frente.

── E então, o que está te fazendo beber tanto assim? ── Perguntou, indicando os seis copos no balcão com os dedos, o sorriso de lado, não abandonando o rosto. Marisol não sabia identificar se era a bebida ou se o mexicano era atraente daquele jeito normalmente. ── Creio que ninguém bebe assim por diversão.

── Não que eu devesse responder sua pergunta, mas eu não estou bebendo para diversão, na verdade estou tentando esquecer alguns problemas. ── Confessou, bebendo o líquido do copo, àquela altura já não queimava mais na garganta. ── E você, o que te faz beber?

── Apenas aproveitando minhas férias temporárias. ── Sorriu, virando o copo de bebida. ── E por acaso a senhorita aceitaria dar uma volta para esquecer seus “alguns problemas”? Te pago mais bebida.

── Sinceramente, não tenho mais nada a perder hoje. Para onde vamos? ── Perguntou, bebendo o resto da bebida naquele copo.

Marisol seguiu o mexicano para fora do bar, duas garrafas de Estrella Galicia em mãos e o corpo levemente dormente pelo álcool que já tinha consumido até aquele momento. A mexicana abriu a garrafa e levou aos lábios, olhando para as ruas movimentadas naquele início de noite, a lua enfeitava o céu, junto com muitas estrelas brilhantes que iluminavam a cidade com facilidade, poucos carros passavam por ali, o som do mar do outro lado da rua era o que mais chamava atenção em meio aos poucos sons ali presentes.

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