𝟎𝟎𝟓 | 𝐈'𝐌 𝐍𝐎𝐓 𝐀 𝐕𝐈𝐑𝐆𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐘𝐌𝐎𝐑𝐄.

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— Veneno. Mas só se você beber primeiro. — Falei e Maraisa deu uma risada debochada.

— Pode ter certeza que se alguém tiver que morrer aqui... Não vai ser eu. — Ela disse, enchendo um copo com vodka pura.

— Vá direto ao assunto, D'Angelo. O que você quer? — Perguntei impaciente, Maraisa estava numa calmaria sem fim, o que me deixava mais nervosa e irritada ainda. Mas óbvio, ela fazia tudo aquilo de propósito.

— Calma, antes eu quero que você beba algo. — Ela disse servindo outro copo de vodka e me entregando.

— Eu não bebo. — Falei. — Não foi dessa vez, D'Angelo.

— Então você acha que eu queria te embebedar? — Ela riu pelo nariz e deu um gole em sua bebida. — Pra fazer algo com você? — Ela riu mais uma vez. — Você sabe que eu não preciso disso. —  impaciente. Levantei-me do sofá

— Apenas seja direta. — Tirei o copo de sua mão e coloquei em cima da mesma.

— Quem você acha que é pra fazer isso? Te liga garota. Não tem medo da morte não? — Ela disse irritada.

— Pare de enrolar. — Mandei.

— Tá nervosinha? — Ela disse chegando mais perto.

— Não precisa dessa proximidade toda. — Falei me sentindo meio desconfortável, mas foi inútil, parecia que eu havia falado "Hey D'Angelo me puxe para mais perto." Pois foi o que ela fez, logo pude sentir seu hálito quente, aquilo me entorpeceu por alguns segundos, mas eu recuperei os sentidos o empurrando

— Não...Você não pediu para eu vir aqui pra isso... — Falei depois de me afastar. Ela não podia estar pensando "naquilo" não podia, droga.

— Pra isso o que? — Ela se fez de desentendida, sorrindo maliciosamente e me olhando com aqueles olhos... aqueles olhos de mel hipnotizantes e extremamente desconcertantes, se ela não fosse tão perfeito fisicamente as coisas seriam bem mais fáceis para mim.

Mas não interessa, ela é uma idiota "se baseia nisso Marilia, ela é uma cafajeste" pensei comigo. Eu não podia ficar quente desse jeito, não por causa dela. Quanto mais eu tentava me afastar, mais ela se aproximava, estava ficando difícil, muito difícil. Eu precisava urgentemente que um muro de concreto aparecesse entre nós.

— O que aconteceu, gata? Qual seu medo? — Ela sussurrou em meu ouvido com aquela sua voz rouca e em seguida deu uma mordia de leve em meu lóbulo. Porra, por que ela faz isso? — Eu não vou te fazer mal nenhum, ou vou? — Ela continuava sussurrando, agora passando a língua levemente eu meu pescoço. Estava cada vez mais difícil resistir, ela sabia como fazer as coisas, ela sabia como entorpecer uma garota, ela sabia como jogar. — Fica calminha. — Ela disse indo à caminho de meus lábios. Aquilo estava ficando extremamente excitante, eu tentava o afastar com o pouco de consciência que ainda me restava, mas estava sendo osso.

— Maraisa... — Minha voz falhou.

Droga.

— p-para.

— E não estou sentindo firmeza em sua voz. — Ele implicou.

— O que você quer, Maraisa? O que você quer droga? — Consegui firmar minha voz, meu tom saiu um pouco alto.

— O que eu quero? — Ela disse arqueando as sobrancelhas.
— Não esta bem claro?

— Não. — Menti, com esperanças que não fosse o que eu estava pensando.

— Ok, é simples, bem simples... Você minha, está noite. — Estremeci, droga, eu não queria isso (ou queria?) não com ela, Carla Maraisa D'Angelo, a mulher é uma cafajeste, ultra sedutora claro, mas eu não podia me deixar levar. Eu não sou do tipo que sonha com uma príncesa encantada, mas eu não queria perder minha virgindade com uma babaca. Sim, eu era virgem.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - ᴹᵃˡⁱˡᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora