Até o inverno acabar - BokuAka [haikyuu]

[7] Os ventos da mudança

[Bokuto's point of view]

Quando acordo, o sol já ilumina o quarto com um tom suave e dourado. Pego Akaashi deitado ao meu lado, com a luz tocando seu rosto. Vejo como ele está calmo e relaxado, e sinto um bem-estar só por estar ali com ele.

Decido levantar-me devagar para não o acordar. Abro um pouco a janela e deixo a luz entrar junto com o vento frio, sinto um arrepio. Akaashi começa a se mexer e logo abre os olhos, encontrando os meus com um sorriso sutil.

- Bom dia, Akaashi, - digo, sentando-me na beira da cama.

- Bom dia, - ele responde, a voz ainda carregada de sono. - Dormiu bem?

- Muito bem, - confirmo, me aproximando para um rápido beijo. - E você?

- Também, - ele sorri, espreguiçando-se. - Acho que nunca me senti tão confortável.

Descemos juntos as escadas, o aroma do chá fresco e dos ovos mexidos preenchendo o ar. A avó está na cozinha, mexendo em panelas e preparando o café da manhã.

- Bom dia, meus queridos! - ela nos saúda com um sorriso caloroso. - Espero que tenham dormido bem.

- Dormimos muito bem - respondo, puxando a cadeira para Akaashi e dando um olhar provocativo para ele.

- Que bom que gostaram! - ela diz, servindo chá e preparando a mesa. - Então, o que vocês têm planejado para hoje?

- Eu estava pensando em irmos até o rio. Estou com saudades de tomar banho lá! - digo.

A avó levanta uma sobrancelha, claramente preocupada.

- Com esse frio? Vocês vão acabar adoecendo! É melhor ficarem por aqui e aproveitar o dia dentro de casa.

Akaashi concorda com ela.

- Eu acho que sua avó tem um ponto. O frio está bem intenso.

Eu respiro fundo e, com um sorriso persistente, digo:

- Tá bom, então vamos só dar uma olhada. Não precisamos entrar na água, só ver o rio e dar uma caminhada rápida. Prometo que não vamos ficar muito tempo lá fora.

A avó olha para mim com um olhar cético, mas parece se convencer ao ver o quanto estou determinado.

- Se for só para dar uma olhada e voltarem logo, tudo bem. Mas não exagerem, hein?

Akaashi ri suavemente, e eu sinto um alívio por ter conseguido um meio-termo.

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Durante a caminhada ao longo do rio, pequenas frestas do sol que passam pelas nuvens densas deixam as águas brilhantes e o cenário tranquilo.
Akaashi está tirando fotos quando sinto meu celular vibrar no bolso, o pego e vejo o contato do meu treinador na tela, quando abro a mensagem um frio percorre minha espinha ao mesmo tempo que meu corpo aquece

"Parabéns, Bokuto Koutarou! No último nacional você se destacou como um dos melhores aces, é com prazer que te digo que você foi convocado para um treinamento intensivo de 2 anos no Brasil.
Os olheiros entraram em contato comigo, sobre a documentação...
[...]"

- Akaashi, eu... - começo a dizer, mas ele já percebe que algo está errado.

- O que houve? - pergunta Akaashi, com um tom preocupado.

- Recebi uma mensagem do meu treinador. Ele quer que eu vá para o Brasil para um treinamento de dois anos, - explico, tentando controlar minha própria ansiedade.

A expressão de Akaashi muda para uma mistura de surpresa e preocupação, mas o que acontece a seguir é inesperado.

- Brasil... Dois anos? - Akaashi pergunta - Você está falando sério?