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ɪʟʟɪᴄɪᴛ ᴀғғᴀɪʀs; percabeth

❝You betrayed meAnd I know that you'll never feel sorry❞

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❝You betrayed me
And I know that you'll never feel sorry❞



Eu sempre fui uma criança muito criativa. Desde que me lembro por gente, eu era apaixonada por ler e inventar histórias. Passava horas criando mundos fantásticos e lindas histórias de amor onde eu era a protagonista. Em um dia eu conseguia ser uma super heroína, pronta para salvar San Francisco. e uma princesa em apuros, presa em uma torre por uma bruxa malvada.

Quando eu dormia, sonhava em encontrar um príncipe encantado, como as princesas dos contos de fada. Ele precisava ser generoso e carinhoso, precisava ser corajoso e não hesitar em me proteger dos perigos do mundo. Precisava ser leal, meu melhor amigo, meu confidente... alguém com quem eu pudesse contar a todo momento. De preferência, precisava ter olhos claros e cabelos escuros, quase pretos, como o príncipe Eric da Ariel.

Acho que desejar aquilo era fruto de crescer em uma casa instável. Meus pais brigavam desde que eu era pequena e, seis anos após o meu nascimento, decidiram se divorciar. Ah, aquele foi um aniversário feliz. Imaginem uma menininha, usando um vestido de princesa cor de rosa, brincando com seus amigos na sala enquanto os adultos conversavam, e os meus pais na cozinha, gritando como se não se tocassem de que todos conseguiam escutá-los.

Lembro vividamente dos olhares de pena que eu recebi. Mas, no fim das contas, não foi um final de semana triste porque a minha mãe finalmente saiu de casa. É claro, eu fiquei arrasada mas foi para o melhor. Meu pai, Frederick, merecia uma esposa melhor do que Atena jamais fora.

Natalie, minha madrasta, era incrível. Tinha me dado dois irmãozinhos maravilhosos, Matt e Bobby, e deu o seu máximo para preencher o vazio que a falta de presença materna deixou na minha vida.

Em algum momento durante o divórcio dos meus pais, a minha cabeça processou uma única informação, que guiou todas as minhas atitudes dali para frente: Eu, jamais, em toda a minha vida, seria uma esposa como Atena Sophia foi.

Eu seria uma boa esposa. Seria a princesa para o meu príncipe encantado.

Aos 19 anos, eu o encontrei. Lucas Arthur Castellan. Ele tinha 24 anos e nos conhecemos em uma festa de fraternidade. Tudo bem, ele não se encaixava na descrição física que eu imaginava, mas Luke tinha todo o resto. Ele era generoso, corajoso e carinhoso, exceto quando estava muito irritado por conta dos estudos ou do trabalho.

Nos casamos assim que eu terminei a faculdade de arquitetura, quando eu tinha 23 anos. E agora nós comemorávamos o nosso aniversário de três anos de casados.

Eu tinha tentado de tudo para sair mais cedo do escritório, mas estava atolada com todos os projetos e relatórios que precisava entregar.
Dirigi pelas ruas de Nova Iorque enquanto o sol se encontrava com a linha do horizonte. As cores do outono já tinham tomado conta da cidade, trazendo aquele ar aconchegante que eu amava tanto. Batuquei o ritmo de uma música qualquer que coloquei no rádio para me distrair do trânsito. Eu tinha mandado várias mensagens para o Luke ao longo da tarde, mas ainda não havia recebido resposta nenhuma.

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