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O ar era denso e pesado, impregnado com o cheiro pungente de vegetação apodrecida e terra molhada. Cada passo que Yamaguchi dava era uma luta contra a exaustão, seus pulmões queimavam em busca de oxigênio, cada inspiração um esforço hercúleo. Seu coração martelava no peito, como se tentasse desesperadamente escapar da prisão de suas costelas. As pernas, trêmulas e fatigadas, ameaçavam ceder a qualquer momento, mas ele sabia que não podia parar. Parar significava a morte.

O céu estava coberto por uma espessa camada de nuvens negras, bloqueando qualquer vestígio de luz da lua. A floresta ao redor era uma massa opressiva de sombras e sons inquietantes. Galhos secos e folhas mortas quebravam sob seus pés, ecoando como tiros na escuridão silenciosa. Cada tropeço, cada queda, deixava Yamaguchi ainda mais sujo e ferido, o barro se misturando com o sangue que escorria de cortes abertos e arranhões profundos.

Sua respiração era rápida e irregular, quase um ofegar desesperado. Ele parava por breves instantes, apenas para ser impulsionado novamente pelos grunhidos grotescos que vinham das criaturas atrás dele. Eram sons inumanos, reverberando com uma fome insaciável que fazia o sangue gelar nas veias de Yamaguchi. Ele podia sentir a proximidade dos mortos-vivos, a ameaça iminente de dentes afiados prontos para rasgar sua carne.

Havia torcido o calcanhar há pouco tempo, e cada passo agora era uma tortura, uma dor lancinante que subia pela perna como fogo. Mas a adrenalina e o terror o empurravam para frente. Ele não podia parar. Ele não queria morrer. Não queria se transformar em uma daquelas criaturas, condenadas a uma existência de fome eterna e putrefação.

A cada segundo que passava, a floresta parecia se fechar mais ao seu redor, os troncos das árvores se transformando em paredes impenetráveis, os ramos se estendendo como garras malignas. Mas ele continuava, cada passo uma batalha, cada respiração um desafio. Yamaguchi corria pela vida, lutando contra o desespero e a exaustão, determinado a escapar da escuridão que ameaçava consumi-lo.

Yamaguchi corria sem direção, guiado apenas pelo desespero e pela necessidade de sobreviver. Seus olhos ansiosos varreram o ambiente até que avistaram um antigo mercado, agora quase totalmente engolido pela vegetação. As plantas haviam se espalhado por todos os cantos, suas raízes quebrando concreto e invadindo os corredores. Ele correu em direção à entrada, sentindo uma ponta de esperança misturada com medo.

Ao entrar no mercado, Yamaguchi olhou rapidamente pelas janelas. Tudo parecia vazio, um silêncio mortal preenchendo o espaço. O coração ainda batendo freneticamente no peito, ele verificou os lados, cada sombra, cada objeto suspeito. Foi então que avistou um morto-vivo, seu corpo coberto por trepadeiras e musgo, a vegetação enroscada em seus membros como correntes verdes. A criatura não conseguia se mover, apenas emitia grunhidos baixos e contínuos, um lembrete terrível da ameaça que o cercava.

Mas os grunhidos dos mortos-vivos lá fora se tornaram mais altos, mais próximos. O pânico tomou conta de Yamaguchi. Sem tempo a perder, ele correu para trás do caixa, onde encontrou um velho armário de metal. Com mãos trêmulas, abriu a porta e se enfiou dentro, fechando-a com cuidado para não fazer barulho. O espaço era apertado e escuro, e ele podia sentir o cheiro de ferrugem e poeira acumulada.

Haikyuu Zombie - Second Time ' Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora