02. Mudanças.

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Acordei com a claridade que vinha da janela direto para o meu rosto, me sento na cama e a primeira coisa que lembro é a noite de ontem, que conheci Noah e passamos um tempão conversando. Foi tão bom que parecia um sonho.

Depois de ir ao banheiro e trocar de roupa, saio do meu quarto e começo a descer as escadas. Quando estou nos últimos degraus, escuto vozes vindo do escritório do meu pai. Ele e seu convidado saem do local e percebo que é Noah.

Pisquei algumas vezes, para ter a certeza de que aquilo em minha frente não era uma miragem. Mas não, Noah realmente estava na minha casa, não era uma miragem e nem um sonho.

Senti o olhar de Noah em mim e quando olhei de volta, ele estava sorrindo.

  Oi Sina, como vai? — Noah disse, ignorando o que meu pai falava juntamente ao seu assessor.

Oi Noah. — Respondi, enquanto ele vinha na minha direção.

— Te acordamos com tanta conversa, né?

— Ah não, eu só acordei sozinha mesmo, e também estou com muita fome. — Dei uma pequena risada.

— Então vai tomar café da manhã, Si.

Ele acabou de me chamar de "Si"?

— Eu vou ir sim... — Disse, me sentindo totalmente desnorteada com a maneira que Noah me chamou.

Virei de costas e começei a caminhar, sentindo minhas costas queimando por conta do seu olhar. Me virei novamente e ele, que realmente ainda me olhava, levantou as sobrancelhas.

— Você quer tomar café da manhã comigo?

— Eu já comi, mas obrigado por perguntar. 

— Ah... de nada. — Dessa vez, após me virar de costas, praticamente corri até a cozinha.

— Sina, que susto! Posso saber o motivo de tanta pressa e desespero?

Sentei no banquinho da bancada e senti  meu coração disparado. 

— Sarah, simplesmente Noah Urrea está na sala dessa casa. NOAH. URREA. Eu nem acordei direito e já vejo uma beldade daquelas na minha frente. Você quer que eu fique calma como?

— Ah, verdade querida! Me esqueci que você gosta dele. — Disse ao mesmo tempo em que colocava uma panqueca no meu prato.

[...]

Após terminar de comer, saí da cozinha e pude ouvir as vozes do meu pai e do empresário de Noah na parte de fora da mansão.

Quando cheguei na sala, avistei Noah conversando com eles.

Ele deu um rápido abraço no meu pai, provavelmente estava indo embora. Quando se virou, seu olhar encontrou com meu. Um sorriso apareceu nos lábios de Noah e ele acenou pra mim.

— Tchau, Sina.

Acenei de volta sentindo a minha perna bamba e subi as escadas correndo, indo em direção ao meu quarto.

Fui até o banheiro e me despi, eu precisava tomar um banho.

[...]

Fui até o meu closet e peguei a calça jeans e a primeira blusa que vi. Enquanto penteava meu cabelo ouvi duas batidas na porta.

— Quem é?

— Querida, sou eu. Preciso conversar com você. – Meu pai disse.

Essa era o tipo de frase que nunca vinha coisas boas em seguida.

— Já vou.

Terminei o meu cabelo e desci as escadas, procurando pelo meu pai.

— Estou aqui, Sina.

— Oi pai, pode falar.

— Como você passou na UCLA, irá se mudar para Los Angeles em breve.

— Sim... — Não estava entendendo onde ele queria chegar com isso.

— Mas alguns dos nossos planos mudaram.

— Que planos? — Ai não, por favor.

— Vamos nos mudar com você.

— Que? Como assim? E essa casa?

— Eu vou vender. Está tudo bem a gente ir junto, não é? Digo, vender a casa e começar uma vida em Los Angeles?

— Sim, papai. - Respondi um pouco insegura. – Mas se vocês estão se mudando porque acham que eu não tenho capacidade de morar sozinh-

— Não, meu amor. – Ele riu. — A gente vai se mudar por conta do meu trabalho.

— Trabalho?

— Sim. Noah Urrea mora lá.

— E...? — Senti meu coração começar a disparar.

— Eu vou fazer parte da equipe dele, sendo um de seus assessores. — Ele respondeu, dando seu melhor e mais orgulhoso sorriso.

Daylight - noartOnde histórias criam vida. Descubra agora