Daylight - noart

03. Vizinhos.

Estávamos indo para Los Angeles escolher a nossa nova casa. Minha mãe e Mia haviam aceitado muito bem a mudança, já eu ainda tentava entender a ideia de que meu pai iria trabalhar com Noah.

Aquilo me trazia sentimentos inexplicáveis, nem mesmo nos meus sonhos e fantasias mais malucos, nunca imaginei que esse dia chegaria.

Quando chegamos em Los Angeles, passamos na frente da minha futura Universidade e ela era enorme. Eu já me imaginava perdida dentro daquele lugar.

Meu pai começou a seguir em diante com o carro, voltando para a estrada.

— Não vamos ficar em Los Angeles? — Perguntei.

— Não. — Ele me fitou pelo retrovisor. — Vamos ficar em uma cidade que é 30 minutos de Los Angeles, tenho certeza que você vai adorar!

Apenas assenti e voltei a olhar para a janela.

— Amor, seu celular está tocando. – Minha mãe disse, pegando o aparelho em mãos e entregando para meu pai, que assim que avistou o nome da pessoa no visor, atendeu.

— Sisi. – Mia chamou, tirando a minha atenção da estrada. — Noah Urrea tem uma casa em Los Angeles, né?

— Tem, sim. — Respondi a olhando. — Mas eu não sei onde fica.

— Você não está animada de vir para essa cidade? — Mia disse.

— É claro que sim! Vida nova, começar a faculdade, tudo é novo e diferente. E você?

— Ah, nem tanto. — Ela torceu a boca. — Eu não queria deixar a minhas amigas. — Sussurrou.

— Você vai fazer novas amigas, amorzinho. — Passei meu polegar carinhosamente na sua bochecha. — E você pode trazer suas amigas de Nova York para nos nos visitar sempre!

— É, mas mesmo assim eu vou sentir falta de ficar junto com as outras meninas. — Ela disse abaixando a cabeça.

Minha irmã era muito apegada a suas amigas e eu não havia pensado o quanto ela poderia sofrer com toda essa mudança. Deixando o pouco que ela havia construído em Nova York para trás, tendo que mudar radicalmente de vida.

Eu estava aceitando tudo muito bem por conta da faculdade, pois já estava nos meus planos me mudar.

Meu pai começou a diminuir a velocidade e se aproxima de um portão enorme. Haviam muitas flores e era bem enfeitado, tudo muito bonito.

Um homem que vestia um terno se aproximou do carro e deduzi que ele seria o segurança do local.

— Boa tarde. — Ele disse. — Você é...?

— Boa tarde. Sebastian Deinert.

– Ah, sim. — Ele disse anotando na sua prancheta. — Perdoe-me, sejam bem vindos.

— Obrigado. —  Meu pai respondeu com um sorriso enquanto o portão eletrônico se abria, dando passagem para o nosso carro.

Assim que entramos no condomínio, eu fiquei boquiaberta. Haviam casas enormes e todas eram muito fechadas e protegidas.

A maioria tinha segurança na porta e eu tive a certeza de que só famosos moravam ali.

Meu pai logo estacionou o carro na frente de uma casa muito bonita e imensa. Pude avistar um gramado enorme na frente, a piscina, a garagem, e a porta de madeira branca. Olhei para as casas do lado e pude avistar uma muito grande e linda, mas toda fechada. Havia um lindo caminho de flores no começo e logo após, um portão de grade preto. Olhei para ele e avistei em média 10 homens de ternos andando pela fachada da mansão. Pude avistar dali uma piscina.