Meu maldito pecado

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Tu deixas-me louca, sem norte, nem sul,
Sou capaz de odiar-te e desejar-te, sem rumo nenhum.
Odeio isto, pois não faz sentido,
Não quero permitir, tudo parece perdido.

É uma completa ruína,
Mas o pior é que a queda me alucina.
Quero-te, mas não me permito,
Tu serias a minha destruição, o meu grito.

Não posso deixar-te ser a minha ruína,
Quero arriscar, beijar-te na esquina.
Perder os sentidos, és o meu pecado,
Odeio-te pelo que me tens causado.

Como posso sentir algo tão misturado,
Por alguém como tu, tão erradamente amado?
No meio de mil conversas, mil flertes em vão,
Só tu me fazes perder a razão.

Tantos toques, mas só o teu mexe comigo,
Só tu me fazes perder o fôlego, que perigo.
Não só aceleras o meu coração,
Dás-me calor, sede, falta de ar, que perdição.

Fazes-me sentir perdida no País das Maravilhas,
Só eu e um chapeleiro louco, nas minhas trilhas.
Por que sentir isto tudo pela pessoa errada,
Se nem eu sou certa, nesta jornada?

Não quero, mesmo querendo, aceito sem aceitar,
Fico no ápice da loucura, sem poder parar.
Graças a Deus, não é por muito tempo,
Pois se fosse, cederia ao tormento.

Fugir, correr, esconder é a solução,
Aproveitar o pouco, sem perder a razão.
Quero ser salva, mas a tua sombra me persegue,
O teu perfume em mim, como praga me segue.

Vejo te com outras e sinto um ódio ridículo,
Por que tinha de acontecer isto, será um ciclo?
Ainda bem que as horas chegam ao fim,
Talvez assim, eu me encontre, enfim.

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