No silêncio da noite

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No silêncio da noite, a escuridão avança,
O mundo repousa, fiel à confiança,
Pensamentos surgem, numa estranha dança,
O amor e o desejo trazem esperança.

Sob a luz da lua, medos a flutuar,
No peito, inquietudes sem saber como parar,
A mente vagueia, no vazio do mar,
Mas com a vinda da manhã, tudo há de acalmar.

A mente é um mar de ondas a quebrar,
Folhas ao vento que se irão soltar,
Segredos perdidos na teia da razão,
Dançam no ar, sem rumo ou direção.

O espírito vagueia na noite infinita,
Abraça os mistérios que o escuro agita,
Tudo é efémero, numa paz bendita,
Que o dia apaga, na luz que palpita.

Entre sombras seguimos, sem nos encontrar,
Jogamos com os sonhos e com a razão a lutar,
Na madrugada, tudo é chama a arder,
Mas ao nascer do sol, só o vazio ira permanecer.



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