Crash Landing - Taekook

Desertor

Zona Desmilitarizada, Coreia
linha de limite norte 1km
22:35

— Capitão Jeon, pelo som dos tiros, eles estão vindo nesta direção. — Yoongi sussurrou, agachado e segurando sua arma. — Talvez seja um desertor da Coreia do Sul. — Jeongguk fechou os olhos.

— O local do combate está a quatrocentos metros daqui. À noroeste. Contagem total: dez. — Yoongi o encarou. — Seis rifles automáticos K2 e tem três Tokarev TT-33 em uso. — Jeon concluiu.

— TT-33? — Seokjin repetiu.

— São nossos camaradas. — Jeongguk afirmou. Se aproximaram lentamente, parando quando o capitão mandou e quando Jeon sinalizou, apontaram as armas.

— Para trás! Mais um passo e entrarão em nossa guarnição! — Jeongguk exclamou para os soldados sul coreanos que se aproximavam.

— Entregue esses três e nós recuaremos. — um dos militares sul coreanos respondeu.

— Eles são nossos camaradas. — Ditou.

— Capitão! Nós temos autorização do Departamento de segurança para caçar aqui, mas acabamos nos perdendo devido ao tornado. — um dos três exclamou, estava ajoelhado e com as mãos atrás da cabeça junto com os dois.

— Eles cruzaram a linha de limite sul e foram pegos desenterrando artefatos culturais. — acusou.

— Pode provar? — questionou Jeongguk e o outro ergue um papel levemente amassado.

— Esta são as imagens da nossa câmera infravermelha. — O capitão analisou.

— Alguém está ferido? — Jeon e os restantes atrás de si alinharam suas armas, tendo o gesto repetido pelos soldados do lado contrário.

— Não.

— Avaliamos a situação. Vamos abaixar as armas. Juro pela honra de meu país que vamos puni-los. No quesito punição, nós, da Coreia do Norte, superamos a do Sul. — Jeongguk afirmou. — Vamos contar até três e abaixar as armas. Um... dois... três.

Lentamente, o capitão colocou a arma de volta no cinto, erguendo as mãos ao lado da cabeça em sinal de paz, logo sendo acompanhando pelo capitão do lado contrário. Mas quando um dos homens detidos se apressou em pegar um revólver que havia caído no chão, dando uma de esperto, Jeongguk correu para o paralisar, o fazendo atirar para cima e golpeando os três. Quando ouviu o som das armas sendo engatilhadas do outro lado, repetiu o gesto, apontando seu revólver para o lado dos sul coreanos.

— Sem conflito com o Sul! Recuar imediatamente. — ouviu uma voz vindo de seu rádio, preso na cintura. Ambos os lados abaixaram as armas, recuando.

De volta, com os três detidos dentro do móvel, Jeongguk e os outros dois soldados bateram continência ao verem o superior se aproximar.

— Saudações, senhor. A quinta companhia está pronta para transferir os ladrões que prendemos na patrulha da zona desmilitarizada. Capitão Jeon Jeongguk. — relatou imediatamente.

— Bom trabalho. Mais alguma coisa?

— Por causa do tornado, várias cercas de arame caíram junto com as árvores. O transformador da cerca elétrica também não está funcionando, então precisamos reforçar a segurança nas zonas danificadas até que tudo esteja consertado. — Continuou.

— Tem razão. A troca de companhia é amanhã?

— Sim, senhor.

— Uma pena que tudo isso aconteceu no seu último dia. Desde o tornado aos ladrões de túmulos. — O mais velho diz e Jeongguk nega.