Seguro

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República Popular Democrática da Coreia
Mesmo dia, instantes depois

Já alojados em uma mesa do restaurante do hotel, Taehyung cruzou os braços diante de Bogum.

— Então quer dizer que você tem um negócio aqui? — O Kim questionou curioso, quase que desconfiado.

— Pra ser exato, eu faço uma pesquisa de mercado. Você conhece o Jim Roggers, um dos maiores investidores do mundo? Pra minha sorte, ele é um grande amigo meu. — Disse convencido e Taehyung revirou os olhos.

— Ah, não seja ridículo. Não tenho tempo pra isso, Bogum. — Disse impaciente e o Park engoliu seco. Havia se esquecido do génio difícil que o Kim tinha. Nunca fora fácil lidar com ele, Taehyung sempre foi muito decidido e direto com todas as pessoas, não havia mudado nada.

— Eu falo sério. — sustentou a mentira, confiante. — Ele quer investir todo o dinheiro na Coreia do Norte se for possível, porque a agricultura aqui é seriamente desvalorizada. É o último oceano azul que sobrou no mundo, entende? Então estou fazendo uma pesquisa de campo nos bastidores para pegar a oportunidade. — finalizou sorrindo.

— Então está aqui para olhar terras? — franziu as sobrancelhas.

— Sim. As minas de carvão que comprei na Irlanda estão dando poucos lucros ultimamente, os preços lá estão muito altos. Então aí eu dei uma olhada nas minas de carvão daqui também e-...

— Não quero saber das minas de carvão! — interrompeu impaciente. — E o dinheiro que roubou do meu irmão?!

— Eu não roubei nada. — revirou os olhos. — Deve ser porque está aqui há muito tempo, mas o que tivemos foi um mal-entendido e já resolvemos isso. — sorriu.

— Tá mentindo. — cerrou os olhos. Bogum o encarou quase que ofendido.

— Eu falo sério! Quer que eu ligue pra ele agora? Ah é, não dá pra fazer chamadas para a Coreia do Sul daqui. — fingiu pesar. — Mesmo assim, falo sério. — Taehyung suspirou, não notando a discreta captura de imagem que fizeram de si, mandando-a diretamente para Kim Sehyeong.

Ha apenas alguns metros de distância, no mesmo restaurante, Jeongguk fitava as próprias mãos em silêncio, não ousando subir o olhar. Estava jantando com sua mãe, seu pai, Sook e sua mãe.

A atmosfera estava tensa até então, a senhora divorciada fazia de tudo para jogar a própria filha para cima do capitão, tentando adiantar a cerimónia de casamento. Já havia aguentado até por tempo demais, aos seus olhos. A mesma pigarreou.

— Quero que vocês pensem nisso, o casamento foi adiado apenas por conta do que aconteceu com seu filho.

Com a citação da morte de seu irmão, Jeongguk levantou o olhar. A mais velha continuou.

— Até o luto por um pai terminaria em três anos, mas inacreditavelmente, já fazem sete anos e nada-...

— Mãe! — Sook exclamou, a repreendendo. O silêncio se instalou na mesa.

O senhor Jeon tossiu.

— Vamos fazer a cerimónia no último sábado do próximo mês. — Todos na mesa o fitaram surpresos.

— Isso é ótimo! — ela exclamou satisfeita.

— Vou pedir para que Jeongguk seja transferido para Pyongyang em breve. Vamos comprar para eles uma casa grande aqui e também alguns eletrodomésticos. — Os noivos se fitaram. — Não precisam se preocupar com nada.

Crash Landing - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora