Crash Landing - Taekook

Escolha

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Em minha família, existe uma tradição antiga que é realizada com todo Kim em seu primeiro aniversário. A tradição consiste em colocar três objetos na frente da criança: Uma flor, uma nota de dinheiro e um chocalho. Uma decisão tão simples e boba, mas que muitas gerações acreditaram ter uma influência notável no caráter da criança e na pessoa que ela irá se tornar.

Entre essas três opções, eu peguei a menos provável. A mão de meu pai. Ele estava ao meu lado, mas a única coisa que me lembro é de seu sorriso orgulhoso. Desde então, não sei se é por sorte ou simplesmente pelo meu bom senso, mas sempre fiz as escolhas certas. Não é atoa que o nome de minha marca é Tae's choice. Seja em fechar contratos de parceria com as marcas certas ou até mesmo em escolher produtos específicos para divulgar, sempre fiz a escolha certa.

É por isso que até mesmo em meio a uma crise, nunca duvidei de mim mesmo e minha capacidade de fazer uma escolha. Quando fiquei atordoado mais cedo, preso entre acreditar naquele militar bombadão e ir ou para à direita ou à esquerda, confiei em mim mesmo. Eu acreditei que estava fazendo a escolha certa mais uma vez, como o de costume.

Mas pela primeira vez, eu errei.

Foi uma decisão tão fajuta e simples, mas a consequência foi enorme. Por simplesmente não ter ido para a direção que ele disse, acabei nesse fim de mundo. Eu, Kim Taehyung, estou preso na Coreia do Norte.

Isso foi um acidente, um dos mais terríveis e cabeludos. Mas sabe quando você está numa situação de merda e precisa de alguém ao seu lado? Eu me encontro assim, e a única pessoa que conheço aqui e agora, é esse homem.

Eu só preciso jogar meu charme e tudo deve ficar bem.

— Oh meu Deus, não acredito que nos encontramos de novo! — Taehyung sorri fofo, fingindo surpresa para o militar que ainda o prensava contra a parede.

— Pensei que você tivesse voltado. — o homem demonstrava irritação, mas seu tom de voz era calmo e suave.

— Exatamente! Devo ter te chocado, não é? Eu mesmo fiquei muito surpreso! — Diz com muita emoção na voz, talvez um pouco exagerado. — Eu me perdi, mas quando voltei aos meus sentidos vi uma vaca norte-coreana, mulheres norte-coreanas e crianças norte-coreanas! — choramingou, logo abrindo um grande sorriso fingido. — Mas estou tão aliviado por te ver mais uma vez!

Taehyung observou atentamente as reações do soldado, que parecia concentrado em uma luta interna. Taehyung sorriu.

Aha! Eu sabia! Você tenta bancar o valentão, mas é só um homem.
Nem consegue me olhar nos olhos!
Ninguém resiste a Kim Taehyung.

Jeongguk permanecia na mesma posição, olhando o loiro tagarela se cima a baixo. Pensou. Passou pela linha de demarcação militar sem a intenção de desertar. Pelas regras...

Tenho que me livrar dele.

— Bem, parece que há uma maneira de sobreviver, não é mesmo? — Piscou os cílios lentamente, rindo sozinho.

Jeongguk franziu o cenho. Devo matá-lo?

— Ehh, por acaso essa é sua casa? — Tentou dar uma espiada por cima dos ombros largos do militar. — Então, posso te fazer uma pergunta? Você tem comida? — sorriu delicadamente.

Mato ou não mato? Jeongguk piscou.

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República Popular Democrática da Coreia,
Algumas horas depois