𝟎𝟎𝟐. 𝗍𝗁𝖾 𝖿𝗂𝗋𝗌𝗍 𝗐𝗈𝗋𝖽

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐎𝐈𝐒
𝟐𝟎𝟎𝟒
𝖺 𝗉𝗋𝗂𝗆𝖾𝗂𝗋𝖺 𝗉𝖺𝗅𝖺𝗏𝗋𝖺

𝐀 𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐀 𝐆𝐈𝐑𝐀𝐕𝐀 seu cabelo em seus dedos, olhando para cima, deitada em sua cama, enquanto esperava sua mãe acabar de cuidar de sua perna

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𝐀 𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐀 𝐆𝐈𝐑𝐀𝐕𝐀 seu cabelo em seus dedos, olhando para cima, deitada em sua cama, enquanto esperava sua mãe acabar de cuidar de sua perna.

- Mãaae - falou a menina impaciente, querendo logo se levantar para fazer alguma coisa.

- Hope, acalme-se, daqui a pouco irá poder passear - sorriu maternal.

- Daqui a pouco quando? - fez uma careta.

- Dois dias.

- Dois dias?! - perguntou exasperada.

- Sim querida, seu ferimento foi bem profundo e não conseguirá andar sem ajuda por dois dias - sorriu calma.

- Mas, mas....

- Mas?

- Argh! - resmungou - Deixa para lá, você pode chamar o Diego quando terminar?

- Acho que ele que irá te acompanhar esses dias, seu pai estava chateado com ele recentemente e decidiu o deixar fora das missões essa semana - continuou sorridente.

- O que? Ele não me contou isso - falou baixinho só para ela mesma.

- Terminei, querida, agora vou chamá-lo e ele trará um copo d'água - apertou seu ombro de forma carinhosa.

Para ela, se passaram duas horas esperando seu amigo, mesmo que fosse menos de dez minutos, mexendo em seu cabelo, mas assim que ouviu passos, decidiu se camuflar entre as cores da cama, prendendo a respiração.

- Hop-pe? - gritou o menino, a procurando.

- Bu - falou calma voltando ao normal e viu o menino soltar um grito, a assuntando junto. Fazendo os dois rirem - Senta aqui - apontou para seu lado, apoiando na parede.

- A-aqui s-seu c-co-po d'ág-gua - falou a entregando o copo.

- Obrigada - falou o olhando com cuidado - Por que não me contou sobre o papai? - perguntou.

- N-não q-que-eria que fi-ca-asse brav-va - falou respirando fundo.

- Só fiquei triste, gosto de ter meu parceiro nas missões - sorriu fazendo o garoto sorrir junto - Mas agora vamos ficar juntos esses próximos dois dias - se abaixou um pouco para deitar a cabeça no peito do garoto, fazendo ele rodear os braços em seu ombro.

- S-sim - sorriu forte - Sinto saudade de você - falou e Hope a olhou surpresa.

- Você falou uma frase inteira! - gritou feliz.

- E-eu f-falei! - sorriu orgulhoso de si mesmo - M-minhas p-pri-mei-iras p-palavras inteiras! - a abraçou mais forte.

- É só ter confiança, viu? É o que eu te falei antes, se você não ficar prestando muita atenção, vai sair naturalmente - falou e o menino apenas concordou, não querendo falar mais e acabar com sua conquista.

E os dois ficaram encarando a parede do quarto, por uns bons minutos, em um silêncio confortável, até que a menina caiu no sono, fazendo Diego a deitar ao seu lado, se aconchegando para ela dormir melhor, mas mesmo assim, junto dele.

E assim ele acabou se deixando levar, e caiu no sono junto dela. Mas atento, com medo de machucar sua perna no meio do processo.

E assim que anoiteceu, ouviram uma pessoa bater na porta muito forte, fazendo ela abrir um pouco os olhos, resmungar, e voltar a dormir.

Mas Diego se levantou e abriu a porta, dando de cara com Klaus, e o olhando com uma cara de poucos amigos, de quem acabou de acordar, falou algo inaudível.

- O que? - gritou Klaus

- F-fala l-log-go - Diego revirou os olhos.

- Papai pediu para vocês dois descerem para jantar, ele não parecia contente - disse Klaus com um sorriso macabro.

Diego apenas acenou mostrando que iria acordar ela.

- Hope? - perguntou o garoto a chacoalhando devagar.

- Hm? - resmungou enfiando sua cara no travesseiro.

- Pa-pai p-pediu para a g-gente des-sce-er - respirou fundo e a menina abriu os olhos e se levantou rapidamente, esquecendo que tinha machucado sua perna e soltando um gemido de dor.

Diego logo a segurou na cintura, sustentando seu peso, e a olhou preocupado.

- Estou apresentável? - perguntou insegura da reação de seu pai.

E como era melhores amigos, nem sempre precisavam de palavras para se comunicar, ainda mais que Diego não gostava de falar na maioria do tempo.

Então eles aprenderam a conversar pelo olhar. E a forma como ele a olhava nessa hora, já dizia tudo, ele apenas colocou uma mecha dela atrás de sua orelha e fez um carinho em sua bochecha.

Assim que chegaram no andar debaixo, os dois viram a face nada feliz de seu pai. Fazendo a menina estremecer.

- Número zero! - gritou ele fazendo todos os irmãos a encararem, e a menina engoliu em seco, com medo do que iria falar - Outra vez você me decepciona, caindo em sua missão, quando eu mandei você treinar suas habilidades! - gritou frustrado.

- Mas eu tr- - foi cortada por ele gritando mais uma vez, e se não estivesse sendo segura por Diego, iria cair ali mesmo.

- Você não faz de seus poderes algo útil! Você não aprende! Você não faz nada! Só fica brincando de metamofosiar por aí! - gritou e a menina quase se transformou em um homem de 2 metros de sua imaginação, onde as vezes ela pensava nele brigando com seu pai e a defendendo, mas tudo que fez foi se encolher - Hoje você vai comer na cozinha! Sem seus irmãos, número dois vai deixá-la e voltar para cá, ouviu? - falou olhando para os dois, que acenaram sua cabeça, indo em direção a cozinha assim que viu que ele tinha acabado de falar.

- S-sint-to m-muito - falou Diego se sentindo culpado por não ter falado nada, e limpou uma lágrima de sua bochecha.

- Não se preocupa com isso, vai lá comer - Sorriu falso e o menino assentiu a olhando torto mas mesmo assim saindo dali após de a beijar na cabeça.

E tudo que ela pensava era o quanto queria ser melhor, ser alguém que seu pai venerava, como o Five, ou o Luther, alguém que seu pai realmente iria se orgulhar, e sorrir para a mesma.

Queria ser a mulher, a mais poderosa, a melhor de todas, iria ser qualquer pessoa, menos ela, e bom, seu poder tinha essa possibilidade.

Metamorfose não era para todos, e não era fácil ela se olhar no espelho todos os dias, sabendo que em um piscar de olhos, conseguiria se transformar em outro alguém, alguém que não fosse Hope Hargreeves.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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𝐙𝐄𝐑𝐎 ᵈⁱᵉᵍᵒ ʰᵃʳᵍʳᵉᵉᵛᵉˢ Onde histórias criam vida. Descubra agora